quarta-feira, maio 16, 2007

Em defesa do escroto lusitano

Parece que na faculdade em que estudo um caloiro foi golpeado no escroto como resultado de um tribunal de praxe e apresentou queixa. Eh pá, é capaz de ser doloroso. O mais perto que já estive dessa sensação foi quando há anos uma melga me picou o tomate direito e andei com comichão para mais de 3 dias, com a agravante de não poder coçar em sítios públicos. A sorte é que a melga em vez de sangue aspirou esperma e foi morrer longe porque eles estavam atestados. Isto do corte no escroto também deve doer, particularmente se o caloiro anda a desinfectar com álcool em vez de betadine. Ainda não vi imagens do dito escroto, mas se os bordos da lesão necrosaram é chato. O gajo precisa de um enxerto de pele. E, no nosso organismo, de pele assim tão enrugada como a do escroto só me consigo lembrar da do cotovelo. Não sei se serão compatíveis.
Esta merda não vai lá com tribunais. É preciso é um Prós e Contras, com o Dux Veteranorum da academia coimbrã a defender que o código da praxe é hierarquicamente superior ao código civil e que a única coisa que o desagradou em todo este processo foi o não cumprimento de um dos mais importantes artigos do código da praxe "Se durante um acto praxista estiver eminente o vislumbramento de um escroto, o chefe de trupe deve imediatamente telefonar ou mandar sms ao Dux Veteranorum. Não se cortam pêlos púbicos, nem se golpeiam escrotos sem o Dux apalpar primeiro a fruta.
E este caloiro devia era estar caladinho. Fala de fanáticos da praxe. Eu queria ver se ele tivesse apanhado algum doutor que levasse à letra aquela premissa que afirma "os caloiros não têm sexo!". Premissa essa que o Dux Veteranorum não se coibirá de utilizar num momento mais acesso do debate em que esteja a ser entalado pela Fátima Campos Ferreira ou pelo Vital Moreira (que só não é meu pai porque, enquanto caloiro de Direito, lhe furaram mais do que simplesmente o escroto).


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