terça-feira, maio 22, 2007

É linda! Quero uma assim...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Descrevo este vídeo da bela Scarlett do seguinte modo:

Porque a graciosidade de uma mulher nunca poderá ser completamente explicada ou representada, apenas sentida e adulada, mas está muito perto disto.
Um vestido com saia em balão, de óculos escuros, a olhar o mar, enquanto o vento faz com que os cabelos esvoacem, como que num aceno de aventura, retirando uma mão do varão do barco, por um breve momento, como que dizendo, é agora a altura certa para vires comigo, porque a perfeição e a felicidade não se compadecem com a mínima incerteza. Urge que nos atiremos de cabeça, sem hesitação.
A eterna criança, irrequieta, intrometida, por entre um campo em flores, como uma parte da natureza, bamboleando-se como só consegue quem anda sem pisar o chão. O gritinho estridente de quem se assustou com alguma coisa e levanta uma perna, como que para se proteger. E depois o descanso nos braços de quem ama. Como quem diz “partilha o meu cansaço”. Uma hora de repouso por entre uma sesta numa cama de rede, entrecortada pela leitura de um livro. Tomando uma criança ao colo, como que lhe transmitindo a vida. Confessando-lhe que tudo a que poderá aspirar será à autenticidade. Levanta-me esse rosto, é tua a vida. O pé pequeno, maroto, capaz de caminhar até ao eleito. O dormir solitário, numa tarde de Verão. Um repousar esfíngeo, num vestido de bolas pretas, a mão pousada sobre a cabeça, com magnificência, enrolada como um novelo, sobre si própria, como um gato. Acordarei na hora certa. Por agora, o mundo é de novo insipiente, sem a minha presença a dar-lhe vida. É a graciosidade que repousa. Depois do sono iremos colher amoras. Poderás adornar-me com um malmequer atrás da orelha, se ousares tocar-me, se ousares arriscar a perfeição. Ao fim do dia, toca com a mão na água, num sentimento de reconforto, como quem volta à concha para repôr energias, porque a vitalidade está nas pequenas coisas. Por um breve instante repara no céu. Amanhã estará de chuva. Terei a minha viola, a companhia do meu gato. Beberei um chocolate quente, enquanto observo o cair da chuva. Talvez até componha uma canção, ou talvez o faça alguém que me observe da sua janela no prédio em frente e não tenha medo de arriscar aproximar-se, porque também eu necessito tanto de uma pessoa que venha para ficar. Porque também tenho medo e nessas alturas sabe tão bem um abraço. Por vezes, um abraço é tudo, ou um solene beijo na testa.
Em breve será Verão. Soltaremos balões ao vento. Somos já demasiado telúricos, sem vontade de partir. Os balões que vão por nós. Podíamos era passar a tarde no parque, num piquenique, revivendo essas pequenas coisas que se vão perdendo. Interpretando personagens. Brincando como quem usa máscaras. Isso não é para nós. Só quero sentir uma borboleta tocar-me a pele ou um baiozinho a subir-me o braço para me sentir autêntica e plena, parte do mundo.

12:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado!

10:45 da tarde  

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