domingo, setembro 18, 2005

E nós é que somos gozões

"(...) o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), uma unidade criada em Tancos, há cinco anos, para operar helicópteros, com uma orgânica de cerca de 120 homens e um comando de coronel, mas que na prática nunca cumpriu a missão para a qual foi criada: o voo táctico. É que não há, nem nunca houve, helicópteros, embora seja mantida há cinco anos toda a estrutura de comando, como se de uma unidade operacional se tratasse.Os gastos anuais atingem mais de um milhão de euros, além do investimento, há três anos, em infra-estruturas aeronáuticas que importaram em outro tanto. Quanto aos homens, a única coisa que fazem é preencher papéis do serviço normal de escalas e refeições e assinar formulários, além de cartas para Estado-Maior do Exército, por um lado, e para as associações de militares depois, perante o silêncio da chefia.Mas os gastos nesta "unidade-fantasma" não se ficam por aqui, é que os 22 pilotos que compõem o quadro do GALE já perderam todas as qualificações, o que significa que o Estado - Ministério da Defesa e Exército - perdeu mais de 200 mil euros por militar, o custo de um curso de pilotagem. E o mesmo acontece com os mecânicos, dezenas de homens que foram também tirar cursos de qualificação de manutenção de helicópteros, não só em Portugal, mas também em Espanha e França, tal como os pilotos".
Jornal de Notícias, 18 de Setembro de 2005.


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