sexta-feira, setembro 30, 2005

No seguimento do post do meu amigo Guedes...

Li atentamente o post anterior, muito pertinentemente introduzido pelo nosso camarada Guedes. Rejubilo com tamanha tomada de consciência por parte do Zézé e pela sua decisão de combater esse "lobby gay" que, aos poucos, se vai implementando na nossa sociedade. É de louvar a criação desse tal "Instituto de Salvação dos Homens". Tenho apenas algumas dúvidas que me atormentam. Como tal, decidi endereçar uma carta ao Zézé, para que me esclareça. Aqui a publico para que, também vocês, partilhem das minhas inquietações.

Caro Zézé Camarinha:

Acho louvável a tua atitude e comprometo-me a ajudar no que fôr preciso. Gostava apenas de ver esclarecidas algumas dúvidas.
Tenho um amigo (para mantermos o seu anonimato vamos chamar-lhe “Tonecas”) que, certo dia, ia a pedalar numa bicicleta sem selim e, acidentalmente, enfiou o canote no cú. Embora te espantes, estas coisas acontecem. Ah, este mesmo “Tonecas”, certa vez, numa visita de estudo em que pernoitámos na Serra da Estrela, foi violentamente sodomizado com o cabo de um machado de plástico, enquanto dormia. Ele não deu por nada, mas o que é certo é que aconteceu. A minha dúvida é a seguinte: este meu amigo também precisa de uma declaração médica a garantir que nunca foi penetrado no ânus? Eu sei que ele foi penetrado no ânus mas, no fundo, é como que se não tivesse sido. O que quero dizer é que foi realmente penetrado, mas não foi de livre vontade. Não sei se me entendes… Podias então, grande guru, esclarecer-me? Não vislumbro o enquadramento legal desta situação.
Neste momento, deves estar a perguntar-te “mas que raio fazia um machado de plástico naquela visita de estudo?” Eu sei que é estranho, mas passo a explicar. Era Carnaval, ninguém leva a mal. Ainda por cima, as professoras optaram por dividir os estudantes do seguinte modo: os rapazes para um quarto e as raparigas para o outro (a propósito, acho que este tipo de divisão segmentária devia ser abordada no Instituto. Afinal de contas, não será também uma forma de promover demasiado contacto íntimo entre seres do mesmo sexo, numa etapa tão fulcral como a adolescência, em que tantas opções são tomadas?). Como vês, o ambiente era propício à asneirada e o meu colega (continuemos a tratá-lo por “Tonecas” para não quebrarmos o sigilo) pagou as favas. Para além disso, houveram também vários colegas meus que deram de si. Uns quantos mascararam-se de mulher, vê lá tu. Não que isso signifique que alguma vez tenham sido penetrados no ânus, cruzes credo, mas poderão fazer parte do Instituto?
Uma última questão: e aqueles outros homens que estiveram presos e foram violados, à força, nos chuveiros da instituição prisional? Em que saco os colocamos? Também precisam "de trazer uma declaração médica a garantir que nunca foram penetrados no ânus"?
Aguardo a tua esclarecedora resposta, entretanto subscrevo-me, com elevada estima e consideração.
Respeitosamente,

Filipe Moreira

Fotografia gentilmente cedida pela Carolina

Medidas do Bloco de Esquerda para acabar com os incêndios

1-Despenalização imediata dos incêndios.
2 - Tendo em conta que os incendiários são doentes e socialmente marginalizados, devem ser tratados como tal:
- é preciso criar zonas específicas para poderem incendiar à vontade. Nas "Casas de Incêndio" serão fornecidos fósforos, isqueiros e alguma mata. Sob a supervisão do pessoal habilitado, poderão lutar contra esse flagelo auto-destrutivo.
3 - Fazer uma terapia baseada nos Doze Passos, em que o doente possa evoluir do incêndio florestal à sardinhada. O pirómano irá deixando progressivamente o vício: da floresta à mata, da mata ao arbusto, do arbusto à fogueira, da fogueira à lareira, da lareira ao barbecue até finalmente chegar à sardinhada do Santo António e do São João num simples fogareiro.
4 - Quando o pirómano se sentir feliz a acender a vela perfumada em casa, ser-lhe-á dada alta, iniciará a sua reintegração social e perderá o seu subsídio de incendiário.
Este post foi-me enviado, por mail, pelo nosso amigo Serra. É um texto muito irónico, sendo a ironia maior o facto do nosso Serra já ter sido um acérrimo defensor do Bloco de Esquerda (é outro Freitas do Amaral, mas ao contrário).
Samuel, sendo tu um especialista em Psicologia o que achas destas medidas?

Mas que merda é esta?

"Os laboratórios vão acabar com as viagens dos médicos portugueses ao estrangeiro, para participar em congressos. Esta é uma das alterações impostas pelo novo código deontológico da indústria farmacêutica, que esta semana começou a ser discutido e que deve ser aprovado em breve. O documento, a que o DN teve acesso, vem tornar mais rígidas as regras para a realização de eventos patrocinados pelos laboratórios os congressos passam a poder realizar-se só em Portugal, salvo raras excepções. Também os delegados de informação médica (DIM) serão obrigados a conhecer o código.O novo código visa transpor para Portugal as regras de conduta para a promoção de medicamentos, definidas pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica. O documento será discutido e aprovado em assembleia geral da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma). Todas as falhas e sanções, aplicadas pela direcção com base no parecer do conselho, serão publicitadas no site da Apifarma, com o nome da empresa."
Diário de Notícias
Primeiro, desde quando é que a Indústria Farmacêutica se regula por princípios éticos e deontológicos?
Será preciso que também os médicos, à semelhança dos militares, partam para manifestações defendendo os seus direitos adquiridos? Qual é o mal das viagens pagas para ir a congressos? Será que não percebem que esses congressos têm que ser realizados em terras longínquas como a Patagónia, Macau ou as Ilhas Caimão? Nesses locais o ambiente é mais calmo, sendo a mensagem do orador do congresso perfeitamente assimilada pela plateia, que se encontrará mais relaxada. Em Portugal torna-se muito mais difícil apreender a palestra. Acreditem, não é a mesma coisa

"It´s evolution, baby!"

Cirurgiões norte-americanos da clínica Cleveland preparam-se para seleccionar de uma pequena lista de pacientes aquele que será o primeiro a receber um transplante facial. Segundo explicaram os especialistas à BBC, o candidato escolhido será um indivíduo desfigurado que receberá um novo rosto retirado de um cadáver. As hipóteses de sucesso rondam os 50 por cento. A adaptação psicológica do indivíduo, e dos familiares, à sua nova cara é também um aspecto relevante neste procedimento.

quinta-feira, setembro 29, 2005

Betandwin

Guedes, a propósito de um post antigo, de quando ainda estavas no Brasil, e embora ninguém tenha apostado, confirma lá se alguma destas opções é a correcta.

Aquando do seu regresso do Brasil, o Guedes:

- vai tentar trazer duas "garotas de programa", devidamente ilegalizadas, para abrir um negócio, a meias, com o Baião.
- vai tentar passar no aeroporto com ovos de um pássaro tropical raro enfiados no cú.
- vai ser apresentado como o novo reforço do F. C. Porto.
- vai ostentar uma tatuagem "Florianópolis 2005".

quarta-feira, setembro 28, 2005

Artmédia – produções audiovisuais e multimédia


Artmédia – produções audiovisuais e multimédia

Vamos a casamentos, baptizados, festas de 112.º aniversário e fazemos o seu filme, para mais tarde recordar.
Somos uma pequena empresa constituída por imigrantes eslovacos, sediada na cidade do Porto (nas proximidades do estádio do Dragão), podendo, contudo, deslocar-nos a qualquer ponto do país.
Definindo a qualidade artística do nosso trabalho, digamos que, se fôssemos uma equipa de futebol, seríamos capazes de marcar um golo a mais às equipas que dizem que praticam um futebol de ataque.
Contacte-nos. Estamos ao seu dispôr.

Máfia à moda do Porto

Entrevista de Alexandra Tavares Teles “Sábado” a Costinha

ATT - Alguma vez se arrenpendeu de ter ficado no FC Porto depois do Euro 2004 e da saída de Mourinho ?
Costinha - Atentendo ao que se passou, fiquei um bocado arrenpendido. Perdi tempo. Havia vários clubes interessados, mas o FC Porto convenceu-me de que era uma peça importante para a equipa, um factor de estabilidade no balneário. Tinha um contrato muito bom, acima das possibilidades do mercado português e achei que devia ficar. Fiz mal.

ATT - Pelos resultados desportivos ?
Costinha - Por tudo. Nunca pensei que o FC Porto se destruísse em tão pouco tempo. Da equipa campeã europeia apenas ficaram 10 jogadores. A equipa ficou sem identidade, sem espírito. Na época anterior, era habitual ver 10 ou mais jogadores no mesmo restaurante sem ter havido qualquer combinação. Era um prolongamento dos treinos e dos jogos. Com tantas saídas e tantas entradas, cada um ficou para seu lado. Não consegui perceber que tipo de política foi esta nem o que se prentendia obter com ela.

ATT - O FC Porto apontou razões financeiras...
Costinha - Pelos valores a que venderam o P.Ferreira, o Deco, o R.Carvalho e ainda o Mourinho, não era preciso vender mais ninguém. Ia buscar o Seitaridis, um médio e pronto. Assim , sim: seria possível reorganizar a equipa, pô-la de novo a funcionar.

ATT - Terá sido uma opção de Del Neri...
Costinha - Não me parece que lhe tivesse sido dado o poder de desfazer equipas campeãs da Europa.

ATT - A sangria na equipa continuou com Fernández...
Costinha - Fernández construiu uma equipa e depois venderam-se mais jogadores.

ATT - Derlei foi dispensado por vontade de Fernández ?
Costinha - Isso é mais complicado. Para perceber a saída de Derlei é preciso encontrar quem está por detrás dela. Não admito que um grupo de adeptos venha criticar e enxovalhar, com faixas provocatórias, um atleta que deu ao clube aquilo que Derlei deu. E mais espantados ficámos quando ninguém do FC Porto tomou uma atitude. Pelo contrário. Essa gente, depois de insultar os jogadores, entravam nas instalações do clube com um livre-trânsito e ninguém fazia qualquer reparo. E mais: de dia ameaçavam os jogadores e á noite jantavam com dirigentes do FC Porto. Que pensa um grupo quando sabe que quem os insultam e ameaçam janta com dirigentes do clube ?

ATT - Conhece o presidente dos Super Dragões ?
Costinha - De vista. Ele diz-se profissional de claque e, pelo que aparenta, tem uma profissão rentável. Muitos jogadores do FC Porto não ganham para comprar Porches e ele tem um.

ATT - Acha que as claques serviram para branquear as decisões da direcção que falharam ?
Costinha - Não sei. Sei que tenho no meu corpo marcas que provam o que dei ao clube. Joguei lesionado e joguei infiltrado, fi-lo porque quis e por dedicação. Ganhei tudo o que havia para ganhar. E ainda andam a correr atrás de mim para me fazer a vida negra?! E os responsáveis, os directores não fazem nada ?

ATT - Foi ameaçado ?
Costinha - Sim, mas como tenho um grande amigo na cidade do Porto o caso teve um fim pacífico.

ATT - Qual foi a situação mais complicada ?
Costinha - Quando o FC Porto empatou na Madeira com o Nacional, os desacatos começaram logo no aeroporto do Funchal. As claques provocaram com insultos todos os jogadores, sobretudo o Raul Meireles, que tivera o azar de fazer um autogolo. Foi mesmo agredido fisicamente, com uma garrafa. Eu estava no Porto, a recuperar de um traumatismo craniano, mas soube o que se estava a passar porque telefonei a vários colegas, por solidariedade. E perante o que ouvi decidi ir ao aeroporto do Porto esperar a equipa. Levei dois amigos, para não levar dois guarda-costas, e tive razão, porque quando lá cheguei vi um bando de 60 ou 70 Super Dragões. Os jogadores foram os primeiros a sair do avião e a levar com aquela gente toda, com insultos, com agressões, enquanto os dirigentes ficaram dentro do avião, protegidos. Apenas Reinaldo Teles saiu. E a verdade é que aquela gente agrediu atletas. Na época passada, tudo foi permitido no FC Porto.

ATT - Nunca tentou falar com o presidente ?
Costinha - Não. Eles é que decidem. Quando acertam, dizem que acertam, quando erram não dizem nada. Tinhamos jogadores campeões da Europa a ganhar 5 escudos e outros sem nada ganho com ordenados muito superiores. E eu tentava ajudar falando com eles.

ATT - O mau comportamento da equipa nos jogos em casa esteve relacionado com este ambiente ?
Costinha - Foi uma das questões da época e a explicação. É muito simples: alguns jogadores não conseguiram jogar por medo. Estamos a falar de ameaças vindas de grupos organizados. Por mais que alguns de nós tentasse criar um ambiente desinibido, houve quem ficasse em pânico por falhar um passe ou uma jogada.

ATT - Foi por isso que jogadores como Luíd Fabiano renderam pouco ?
Costinha - Luís fabiano foi um dos que se deixaram apanhar por esse medo.

ATT - Estamos a falar das mesmas pessoas de quem Mourinho se queixou ?Costinha - Claro. Estou por dentro da história, mas não a posso revelar sem autorização dele. No entanto, posso dizer que aquilo que fizeram ao Mourinho foi uma vergonha.

ATT - O que fez Pinto da Costa para evitar esses problemas ?
Costinha - Ele continua a ser um grande líder, mas nos maus momentos não basta dizer que a equipa perde porque o Derlei só gosta da noite ou porque o Costinha só gosta da noite. Bodes expiatórios, não. É fácil atribuir a destruição da equipa campeã do Mundo a Del Neri, é fácil atribuir o despedimento dele ás pressões dos jogadores, é fácil atribuir a Fernández o esvaziamento, em janeiro, da equipa, e é fácil convecer a massa associativa, através da colocação estratégica de meia dúzia de Super Dragões num estádio, de que a culpa é dos jogadores. E assim protege-se a direcção. Mas eu não sou dos que ouvem, vêem e ficam calados. A equipa e o espírito de Mourinho foram completamente destruídos.

ATT - Foi para Moscovo só por causa do dinheiro ?
Costinha - Quando deixar de pensar em ganhar títulos, vou escolher um clube mais pequeno para que não me chamem chulo.

ATT - Mourinho nunca o convidou ?
Costinha – Em Novembro de 2003, Mourinho disse-me que no fím da época seriamos campeões Europeus, que ele iria para um grande clube e perguntou-me se queria ir com ele. Disse que sim. Depois isso não se concretizou, mas não lhe quero mal por ter levado o Paulo, o Tiago e o Ricardo. Continuo a falar com ele regularmente.

ATT - E quando regressar a Portugal ?
Costinha - Todas as pessoas sabem que sou sportinguista desde pequeno. Quando regressei a portugal disse que gostava de jogar no FC Porto, onde queriam ganhar sempre tudo e os valores da familia eram defendidos. Recusei uma proposta do benfica, podia ter ido para o Sporting, mas escolhi o Fc Porto. Num degundo regresso, não sei o que acontecerá.

ATT - Aconselhou Miguel ao Dínamo ?
Costinha - Aconselhei. Como jogador e como homem. O Miguel não quis vir e acho que fez bem. É novo e tem outros clubes interessados para onde ir.

Aulas de preparação pré-parto

A melhor coisa de ser pai é acompanhar a nossa mulher às aulas de preparação pré-parto. Afinal, qual é a nossa função no meio daquilo tudo? Arriscamo-nos a ser despedidos do emprego por pedirmos ao patrão para nos dar umas folgas para ir aquelas aulas e, depois, nenhum homem faz a mínima ideia de qual é a sua função ali dentro. Não tenho muita experiência no assunto, mas pelos partos que já vi em filmes, parece-me que a única função do pai é dar a mão à mulher para ela a apertar quase até ao esmagamento e ir repetindo “amo-te”, várias vezes, para o caso de ela se ter arrependido de ter um filho connosco. Será então preciso andarmos em aulas de preparação pré-parto durante meses a fio?

terça-feira, setembro 27, 2005

Feminismo

The Wage ao vivo!

Tenho o prazer de anunciar que os The Wage (essa banda mitica!!) vão actuar ao vivo pela segunda vez na sua curta carreira na próxima 2ª feira, dia 3 de Outubro, na Via Latina, pelas 00h00.

Exige-se a presença de toda a panóplia de fãs, groupies e demais interessados que tem acompanhado a carreira da banda de perto, os chamados "Wageheads"!

Obrigado pela vossa atenção...

Luiz Pacheco


O Luiz Pacheco é muito requisitado para entrevistas...
Opá, isso começou com a entrevista do Expresso, feita por aquela maluca, a Clara Ferreira Alves, e pelo outro mangas, o Torcato Sepúlveda, que assinou com outro nome... porque esses gajos é assim: quando um gajo lhes dá uma entrevista cai-nos tudo em cima. Eles não vão pedir entrevistas ao Cesariny porque sabem que ele nem liga... Agora, eu já tenho um balanço, um pé muito bem calçado de entrevistas... sabes como é que eles fazem? Vêm com o que leram das outras entrevistas e as perguntas são sempre as mesmas... eles têm lá no ficheiro... antes de virem falar comigo eles não vão ler as minhas obras completas... nem as encontravam... De entrevista em entrevista é a mesma chapa, vêm com perguntas de chapa. É como o outra: “o que é que você pensa da juventude de hoje?” Eu não penso nada, eu nem conheço os meus filhos... uma vez apareceu-me aqui um gajo da Focus... como é que era o nome dele? É como os pastéis... de Tentúgal... Rui Tentúgal... disse-me que era casado com a Cláudia Galhoz... depois é que eu percebi, então o gajo vinha com perguntas que ela já me tinha feito há 10 anos para o Blitz.
Como é que se tem dado aqui neste lar?
Há uns tempos andei com a ideia de fazer um trabalho sobre lares. A má fama dos lares é justificada... e não sabes tu da metade do que se passa aqui... há aqui casos humanos dramáticos, por exemplo, a senhora do quarto aqui ao lado... à noite têm de lhe mudar a fralda... passa horas a berrar “srª empregada, srª empregada...” Ninguém aparece... eu ainda lá fui uma vez... aqui não há campainha de alarme, não há telefone. Também, o que é que isso interessa, no lar de Palmela havia telefone mas tocava-se e não estava lá ninguém... Esse lar de Palmela era o lar nº 1, o melhor do país, segundo a Deco. Era um modelo. O projecto do lar deve ter sido gamado do estrangeiro. Era um lar invulgar, com todas as condições. Mas o ambiente era muito desumano, era uma espécie de aldeia turística. Falo disso no último texto do Isto de Estar Vivo, o “Memorial do Recolhimento”. Era um lar no meio de uma serra, com o ar puríssimo de Palmela, uma construção nova, em arco, sem vizinhança, sem casas à volta... Era muito bonito... Fui para lá logo quando aquilo começou... no início, a fase de promoção, serviam um bacalhau altíssimo, as torradas pareciam as das pastelarias da Baixa, dois andares de torradas, molhadas em manteiga, o café com leite vinha com dois pacotes de açúcar... depois, um dia, começou a aparecer só um pacote... vieram as economias... as torradas passaram a ter só um andar com uma lambidela de margarina... Agora este aqui, do Príncipe Real, já se aproxima mais da generalidade. Por exemplo, as giletes que eles dão aqui algumas já barbearam mortos. Tu não fazes ideia... Isto é um armazém de pré-cadaveres, é uma parada de monstros. Há um gajo que não tem uma perna, anda de cadeira de rodas empurrado por um velhinho de 88 anos, há outro que é cego, tem glaucoma, mais a namorada, que é horrorosa, mas como ele não vê também não faz mal... outro tem alzheimer, o sr. Américo, entra aqui, de boné e pijama, dá uma volta pelo quarto, às vezes vai à casa de banho, sai, não repara em ninguém, não diz nada... há outro que é o sr. Vergílio, anda pelos corredores a rir e a assobiar, são dois fantasmas... Há uma que anda aqui a passear de um lado para o outro, diz “ai, ai, ai”, depois vai bater na outra que está sempre sentada na cama, vai lá mexer... não têm mão nela... com estes gajos não se pode estar a discutir, é comprimido, água para o bucho, não vai um vão dois, fica a dormir dois dias seguintes... Isto agora aqui são os últimos dia do condenado. Aqui a lei é morrer devagar. Está uma a morrer ali, ou já morreu, não sei, estou eu a morrer aqui, está outra a morrer ali... A ver quem morre primeiro… “Já foi”, é o que dizem quando alguém morre. Agora já sei o que vão dizer quando eu morrer.
Já pensou em ser operado aos olhos?
Operado? Nem penses nisso. O que é que eu quero ver com 80 anos? Eu quando vou ali à sala, onde estão os velhos todos, tiro os óculos para ver tudo nublado, para não me ver ao espelho... Aquilo é um pavor! A Isabel da Nóbrega, o Artur Ramos e a Fernanda, cunhada do Manuel Alegre, queriam levar-me a Coimbra para ser operado as cataratas. Não quero. Eu é que sei. Isso é suicidário. Quando eu quiser morrer vou a Coimbra. Depois levaram-me a um oftalmologista na Av. da Liberdade. Diagnosticaram-me as cataratas. Tive que largar 1000 paus para umas gotas. Não servem de nada. Caem-me para o nariz. Já tenho o quarto todo o cor... e o quarto está reduzido ao essencial... É uma experiência nova, não ver é uma experiência nova.
E o Liceu Camões?
Eu ficava sempre na carteira da frente, junto ao quadro, porque via mal. As janelas da sala davam para o jardim do Matadouro, onde é o Fórum Picoas... Sabes quem é foi meu professor? O A. do Prado Coelho, pai do Jacinto e avô deste Eduardinho, o almôndega peluda... era a alcunha dele... que culpa tenho eu que lhe chamem assim...?
O Eduardo Prado Coelho deu-lhe uma porrada muito grande no Diário de Lisboa, num texto que escreveu sobre Crítica de Circunstância, o primeiro livro do Luiz Pacheco...O gajo disse que o livro tinha graça mas que não continha uma única ideia, ou seja, o Luiz Pacheco não tem ideias... Ora se isso é verdade então o problema, a culpa é da família dele... É que eu já aturei 3 gerações de Prados Coelho. O avô no Liceu Camões, por sinal fui o melhor aluno dele, mas pelos vistos não assimilei nenhuma ideia dele. Do que li do Jacinto encontrei algumas ideias mas não me devem ter entrado na pinha. Este, o novinho, tem ideias mas são francesas. O avô dele foi meu professor no 6º ano e à entrada da aula dizia: “recomenda-se o máximo de silêncio”. Não era o gajo, era o indefinido, o Jeová! A turma estava-se cagando para o gajo. Durante um ano, para não se chatear, e para nós não nos chatearmos também, pôs-nos a recitar “A Balada da Neve” do Augusto Gil: “bate leve levemente como quem chama por mim…” Esse rapazola (EPC), esse merdas, era um gajo terrível do partido. Não foi por acaso que o gajo veio de Paris para cá quando o Carrilho se tornou ministro. Está a mexer nos cordelinhos do Carrilho e da Bárbara...
Como é que o Luiz e o Cesariny aparecem a escrever num jornal de automobilismo como O Volante?
O Volante era um jornal maluco, era a publicação mais antiga de automobilismo em Portugal. Era dirigido pelo Campos Júnior, que também tinha o Átomo, com o Gaspas [Gaspar Simões] como crítico literário, e o Pedro da Silveira a mexer lá por trás. A minha vantagem em relação ao Cesariny era que eu sabia andar de bicicleta. Num artigo sobre turismo, o Cesariny disse: “da Serra de Sintra vêem-se os montes do Alentejo”. Era a Arrábida... Fizemos, por exemplo, a cobertura do circuito de Monsanto, com o Fangio... depois traduzíamos artigos do L’Equipe. Depois o Pedro da Silveira arranjou-me um emprego no Mundo Motor ou Mundo Motorizado, que ficava na rua do Alecrim, era uma imitação d’O Volante. Só lá estive um mês, nunca me pagaram. Aí também fazia traduções do L’Equipe, punha-se a riscar o jornal e o editor dizia: “não faça isso que o jornal é do homem do quiosque, que nos empresta”. O Volante ainda assinava o L’Equipe, esses nem isso...
Esteve preso com o Edmundo Pedro...
O Edmundo Pedro é um tipo muito giro... foi preso por causa de contrabando, mas também por resistência, para foder a economia do Salazar... Um vez o gajo ia num camião com uma carga valiosa, estava cheio de whisky e de tabaco... Um GNR manda-o parar, os gajos não podiam perder a carga... então o Edmundo Pedro apontou-lhe um pistolão... o GNR abre a camisa e diz: “dispare, dispare que mata um homem”. O Edmundo Pedro ficou aflito, disse ao GNR para fugir, para desaparecer, que não queria matá-lo nem ser preso. O GNR desapareceu. Depois foi saber quem era o GNR e foi a casa dele dizer-lhe que ele se tinha portado muito bem e levou-lhe um envelope cheio de dinheiro. É um gajo muito giro... Quando foi aquela cegada do Quartel de Beja, o Edmundo Pedro ia ser julgado no Tribunal Militar de Santa Clara, então pediu à mulher para lhe levar pimenta... quando estava no tribunal mandou pimenta para os olhos do PIDE... à saída tinha um carro à espera dele... fugiu e tentou abrir a porta do carro mas era a errada, estava fechada, fodeu-se... Opá, o gajo andava a ler no Limoeiro o Charles Dickens, um grande tijolo, o Grandes Esperanças. Nunca acabou de ler o livro, porque era ora lhe adiantava 100 páginas, depois recuava outra vez, e ele nunca deu por nada... A mulher levava-lhe comida todos os dias. Dessa vez comi muito bem...
O que é, para si, um libertino?
As pessoas não percebem nada do que é o libertino. O termo ficou, na linguagem vulgar, associado a coisas disparatadas, como sinónimo de devassidão. Ora libertino não é apenas um devasso. Não é apenas aquele tipo que gosta de ir para a cama com homens, com mulheres, com todos ao mesmo tempo... O libertino é um tipo livre, que está contra todas as tiranias. O Sade, por exemplo... aquilo que o Sade conta está quase tudo dentro da imaginação dele... Repara: o gajo esteve quarenta e tal anos prisioneiro em masmorras e hospícios, e à ordem de quatro regimes: a realeza absoluta, a realeza constitucional, a Revolução e o Império, o que mostra bem como o libertino é o maior inimigo de todos os sistemas e como estes o odeiam, o temem. Porque os sistemas são a ordem e o conforto, ao passo que o libertino é a aventura, é o descontrolo. O Sade está aí. O Sade está entre nós. Mais: o Sade está em todos, dentro de nós. Mas o libertino também é o ateu radical. É aquele que faz da sua vida amorosa um espectáculo, um espectáculo através das palavras, do discurso. Conheci muita gente devassa, mas libertinos muito poucos. Agora, aquela coisa da crueldade como fonte de prazer sexual aí já tenho as minhas resistências, já tenho as minhas repugnâncias. Pessoalmente, do ponto de vista do comportamento sexual, prefiro o Valmont, das Ligações Perigosas, do Laclos. Ou seja, o Sade é exemplar mas não é um bom exemplo.
A casa em Massamá, para onde foi viver em Setembro de 1970, era conhecida na vizinhança como uma casa de má fama...
A casa em Massamá era um disparate... às vezes era uma balbúrdia do caneco... a tal política de porta aberta em Portugal não dá… em Portugal não dá… quer dizer, não dá, os negros, por exemplo, têm isso, em casa moram 4, de repente vêm mais 5, ficam, ajeitam-se, vêm mais 10, ajeitam-se... são muito solidários e não se importam de ficar a dormir no meio do chão… em Massamá era assim, dormiam no meio do chão, de qualquer maneira... A gente não tem a vida na mão, de repente, depois de mortos, não precisamos de nada. Nem dinheiro, nem vestes, nem nada... Agora, às vezes o Chico Bretz avisava: “olhem que o Pacheco é mau de assoar”. Porque de repente eu não lhes abria a porta ou punha-os na rua… Se me chateavam era limpinho, bom, adiante…
[Bate à porta um velho para informar que o almoço é empadão]
Pacheco: “Este gajo irrita-me. Quando estou a dormir na cadeira ele grita: BOM DIA. Ele não diz bom dia, ele atira o bom dia como quem atira uma pedra. "
Recebe uma bolsa do Ministério da Cultura, por mérito cultural...
O Alçada Baptista encontrou-me um dia na Av. da República e perguntou-me: “não lhe dava jeito uns 7 ou 8 contos por mês?”. “Ó dr., não me diga isso”. Se fosse um conto ainda acreditava…” Depois vi o decreto e concorri. Tive logo um subsídio de 10 contos. Depois, a Maria João Rolo Duarte, a mãe deste Pedro, é que conseguiu que o Santana Lopes, quando era Secretário de Estado da Cultura, me aumentasse o subsídio, que na altura ia nos 60 contos... a Maria João Rolo Duarte sabia que o Cesariny recebia mais que eu e, numa festa em que encontrou o Santana Lopes, fê-lo prometer que me aumentava o subsídio. Como ela escrevia na Capital, publicou um texto que comprometeu o Santana. Recebi mais 30 contos por mês, passou para 90 contos. Mais trinta contos por mês, um conto por dia... de repente apareceu-me lá em Setúbal uma carta com retroactivos, 6 meses, foi um balúrdio... 30 contos é uma grande diferença... Gosto do Santana por causa disso. E também porque é um playboy, um gajo dos copos, das discotecas…
Nos últimos anos tem publicado livros a um ritmo espantoso. Uma Admirável Droga...
Isso é aquilo que eu chamo um livro póstumo, eu não tive intervenção quase nenhuma naquilo... a Isabel Segorbe, de Coimbra, telefonou-me a perguntar se podia editar um texto meu que tinha lá em casa... mudou de casa e achou lá aquela laracha... eu não sabia o que era aquilo... De repente sou confrontado com situações de que não lembro de nada... eu andei debaixo de álcool, álcool misturado com drogas, não é o haxixe e essas coisas que vocês tomam agora, era o Lorenine, era o Valium, era essas merdas. Eu tinha dias em que não me lembrava, no dia seguinte, absolutamente de nada... podem contar-me tudo o que quiserem que eu não vou negar, mas vou negar para quê? Já não consegues desfazer em muita gente a opinião que fazem de ti, é muito difícil de desfazer... por exemplo, o B.B., foi ele que apresentou esse livro de Coimbra, o lançamento foi ali na livraria Ler Devagar... eu não fui lá, ficou muito ofendido... eu se fosse lá era para lhe dar com uma bengalada... o gajo começa: “Luiz Pacheco, bebedeiras, prisões, sexo bilateral... até parece que ninguém viu o B.B. bêbedo... eu por acaso vi... às vezes aparecem-me aqui gajos que dizem que me conhecem... sei lá quem são os gajos, não faço ideia nenhuma... um dia destes apareceu aqui um gajo: “eu sou o António Carranca”, como quem diz “eu sou o Napoleão”... eu não fixo caras... quando você chegou aqui, se dissesse “eu sou o Kadafi”, eu acreditava... mesmo com os óculos eu levo uns segundos... se fores às Caldas da Rainha há montes de gajos que me conhecem ou se lembram de mim e eu não faço ideia quem são...
No 25 de Abril foi de pijama para o Largo do Carmo...
Mas não foi de propósito... eu estava em casa, sozinho, o Paulo tinha ido para o liceu, estava a rever provas do Pacheco versus Cesariny... de repente chateei-me, não tinha telefonia, não tinha televisão, não tinha nada, chateei-me de rever provas e disse vou ali beber uma cerveja e quando venho de beber a cerveja há o barbeiro que me diz “ó senhor Pacheco, olhe que há revolução em Lisboa”. Então enfiei o sobretudo que me deu o marido da Natália Correia e fui para Lisboa... não foi de propósito que eu fui para o Carmo de sobretudo e pijama... Agora não respondo mais nada... estou cansado... são 80 anos, caramba!... vá, pira-te que eu tenho de mijar e tenho de ir comer qualquer coisa...
Podem ler a entrevista completa em esplanar.blogspot.com
Já agora, em 15 de Setembro de 2005 foi editado o Diário Remendado de Luiz Pacheco

segunda-feira, setembro 26, 2005


No Bravery


There are children standing here,
Arms outstretched into the sky,
Tears drying on their face.
He has been here.
Brothers lie in shallow graves.
Fathers lost without a trace.
A nation blind to their disgrace,
Since he's been here.

And I see no bravery,
No bravery in your eyes anymore.
Only sadness.

Houses burnt beyond repair.
The smell of death is in the air.
A woman weeping in despair says,
He has been here.
Tracer lighting up the sky.
It's another families' turn to die.
A child afraid to even cry out says,
He has been here.

And I see no bravery,
No bravery in your eyes anymore.
Only sadness.

There are children standing here,
Arms outstretched into the sky,
But no one asks the question why,
He has been here.
Old men kneel and accept their fate.
Wives and daughters cut and raped.
A generation drenched in hate.
Yes, he has been here.

And I see no bravery,
No bravery in your eyes anymore.
Only sadness.


James Blunt (in Back to Bedlam)


Breve história da cola em Portugal



Em 1928, escreveu Fernando Pessoa a propósito da Coca-Cola: "Primeiro, estranha-se. Depois, entranha-se". Este era o "slogan" previsto para o lançamento da Coca-Cola em Portugal... o qual viria a ser interdito pelas autoridades, por, alegadamente, se tratar de um produto susceptível de criar habituação!
E, se a Coca-Cola apenas faria a sua entrada em Portugal em 1977 (!) - apesar de ser já comercializada nas então designadas províncias ultramarinas, antes do "25 de Abril" - existia já antes uma "cola", a "Spur Cola", da Canada Dry!
As origens da Canada Dry remontam a 1890, quando o farmacêutico John J. McLaughlin produziu uma "soda water" para mistura em sumos. A empresa seria criada em 1904, ano do nascimento do "Canada Dry Pale Dry Ginger Ale", o "Ginger Ale" que daria fama à marca.
A introdução da "cola" na gama de produtos ocorreria apenas em 1943.
A Canada Dry seria a primeira grande companhia a lançar as suas bebidas em latas (1953) e também a percursora das bebidas sem açúcar (1964).
Em Portugal, a Unicer produziu os produtos Spur Cola, Ginger Ale e Água Tónica.
A Spur Cola - com um sabor característico, a cola -, seria vítima da forte concorrência dos anos 80 entre a Coca-Cola e a Pepsi, que viria a consagrar a primeira como líder incontestado de mercado, acabando por desaparecer (?) dos escaparates.

We against the world

O jornal universitário "A CABRA" oferece 10 mil litros de "Spur Cola" e um "cartão livre trânsito cantinas amarelas" a quem conseguir derrotar a equipa maravilha (Samuel, Serra, Rafa, Moreira).

domingo, setembro 25, 2005

O que há de comum entre a casa das velhotas portuguesas?



quinta-feira, setembro 22, 2005

Cerveja para os adeptos do clube que vencer o Bayern de Munique


Um fabricante de cerveja alemão oferece dez mil litros de cerveja aos adeptos do primeiro clube que vença o Bayern de Munique na Bundesliga.
O Bayern venceu seis vezes em seis jogos e lidera o campeonato com mais quatro pontos do que o segundo classificado.
"Queremos causar alguma excitação", disse Dietmar Henle, porta-voz do fabricante, ao jornal popular "Bild".
"Não temos nada contra o Bayern, mas é preciso alguma tensão", afirmou Dietmar Hele.
O "prémio" pode ser ganho já este sábado, quando o clube de Munique se deslocar a casa do Hamburgo, segundo classificado.
É mandar vir o Bayern de Munique ao Vigor a um sábado à tarde. Só não temos é adeptos, mas o Guedes, no fim do jogo, dá conta do recado.

terça-feira, setembro 20, 2005

Ao vosso critério...



Longe vai o tempo em que o futebol era praticado por homens de barba rija.

Miccoli elogiou ontem Nuno Gomes, considerando o colega de sector o “parceiro ideal”. “Sou um avançado puro e ele joga um pouco atrás de mim”, explicou Miccoli ao jornal italiano “Corriere dello Sport”, frisando: “Sentimo-nos muito bem os dois. Nuno tem muito talento.”

Fico contente por o Miccoli ter encontrado o amor, depois de não ter sido muito bem sucedido com o Trezéguet e com o Ibrahimovic. O próprio Nuno Gomes também já andava tristonho há demasiado tempo. Talvez agora volte aos golos, para poder festejar, beijando o anel, como antigamente fazia em homenagem à Esmeralda. Estou até a imaginar o novo anúncio do McDonald´s: Nuno Gomes e Miccoli a darem batatinhas fritas na boca um do outro, ao som de "I´m lovin´ it". Já agora, Nuno Gomes, parabéns pelo teu "muito talento". Vejo que és dotado.

C´est l´amour!

segunda-feira, setembro 19, 2005

The Wage sell out




Os The Wage preparam-se para entrar em estúdio para gravarem o seu primeiro álbum. Ao que tudo indica, este será produzido por Dr Dre, contando ainda com a participação de vários artistas, entre eles os D' ZRT. Em declarações "off the record", Samuel assumiu ter cedido às imposições da editora e ao poder do mercado, trilhando agora a sua banda um caminho notoriamente "mainstream". Segundo o guitarrista "este era o passo a dar. Nunca escondemos o desejo de ouvirmos a nossa música na banda sonora de uma telenovela portuguesa ou na RFM". Tudo isto contradiz a atitude dos The Wage ao longo de todos estes anos, sendo célebres as declarações de Samuel: "hip-hop é merda", ou ainda "se algum dia encontrar os D´ZRT cuspo-lhes na cara."

domingo, setembro 18, 2005

Cenas da minha intimidade



Sim, tenho que os mandar fazer de encomenda. Quando eu ficar impotente a indústria do látex vai passar um mau bocado.

Frases da moda

- Quantas músicas tens no teu iPod?
- Podemos ser amigos do Hi5?
- Adiciona-me na tua lista do messenger.
- Com que apresentador do Esquadrão G te identificas?

Hymn of the day



I would say I’m sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time
I’ve said too much
Been too unkind
I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try and
Laugh about it
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Boys don’t cry

I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that
It’s too late
And now there’s nothing I can do

So I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try to
Laugh about it
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry

I would tell you
That I loved you
If I thought that you would stay
But I know that it’s no use
That you’ve already
Gone away

Misjudged your limits
Pushed you too far
Took you for granted
I thought that you needed me more

Now I would do most anything
To get you back by my side
But I just
Keep on laughing
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Boys don’t cry
Boys don’t cry



The Cure

Jornais desportivos: contratem-me!



Como é possível este trocadilho fácil? Como é que isto consegue ser capa da edição de hoje do jornal "O JOGO"? Ter-se-á a redacção do jornal rido a bandeiras despregadas quando o "criativo" lá do sítio gritou "Eureka" e se saiu com o título para a edição de hoje? Ter-lhe-ão dito "és o maior e ainda bem que te contratámos"? Enquanto isso, títulos como "ApoCalisto Now" permanecem ignorados. A minha auto-estima está mais em baixo do que nunca. Chamem-me George Costanza.

Coisas que combinam




















Partir sem destino, num Buick descapotável, sentindo o vento nos cabelos, ouvindo Eliades Ochoa durante todo o caminho.

E nós é que somos gozões

"(...) o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), uma unidade criada em Tancos, há cinco anos, para operar helicópteros, com uma orgânica de cerca de 120 homens e um comando de coronel, mas que na prática nunca cumpriu a missão para a qual foi criada: o voo táctico. É que não há, nem nunca houve, helicópteros, embora seja mantida há cinco anos toda a estrutura de comando, como se de uma unidade operacional se tratasse.Os gastos anuais atingem mais de um milhão de euros, além do investimento, há três anos, em infra-estruturas aeronáuticas que importaram em outro tanto. Quanto aos homens, a única coisa que fazem é preencher papéis do serviço normal de escalas e refeições e assinar formulários, além de cartas para Estado-Maior do Exército, por um lado, e para as associações de militares depois, perante o silêncio da chefia.Mas os gastos nesta "unidade-fantasma" não se ficam por aqui, é que os 22 pilotos que compõem o quadro do GALE já perderam todas as qualificações, o que significa que o Estado - Ministério da Defesa e Exército - perdeu mais de 200 mil euros por militar, o custo de um curso de pilotagem. E o mesmo acontece com os mecânicos, dezenas de homens que foram também tirar cursos de qualificação de manutenção de helicópteros, não só em Portugal, mas também em Espanha e França, tal como os pilotos".
Jornal de Notícias, 18 de Setembro de 2005.

O que os ingleses dizem de nós

Mapa cor-de-rosa

Um reputado jornalista, Gill de seu nome, do jornal inglês «Times», escreveu o seguinte acerca de Portugal e dos portugueses: “um país tão esquecível que ninguém se preocupa em encontrar uma alcunha para ele”; “há uma teoria que diz que Portugal só teve um império porque estava desesperado para ter sexo”.

Pois, tem toda a razão. E muito nos orgulhamos disso. Não gostávamos nada de sermos reconhecidos como a Nação que inventou o conceito metrossexual “Beckam”. Foi justamente por os Ingleses serem umas bichonas que apelidámos o famoso mapa de “cor-de-rosa”, para que melhor o percebessem. Mesmo assim, não entenderam e fizeram-nos um ultimato. Se calhar devíamos ter sido mais claros e colocado a questão do seguinte modo: estas aqui são as terras dos machos portugueses e estas aqui são as terras dos gajos que bebem chá e usam saias.
E, senhor jornalista, se consultar bem a sua árvore genealógica, irá descobrir que só existe porque, há muito, muito tempo, (era o seu tetra-avô uma criança), um rude antepassado meu fodeu uma distinta dama vitoriana, daquelas todas fru-fru, à canzana. É engraçada a História.

Canídeos em posição

de "doggy-style"

sexta-feira, setembro 16, 2005

A ouvir nos próximos tempos...



Neil Young - Prairie Wind




Bob Dylan - No Direction Home (Bootleg Series 7)





Bob Dylan - Live at the Gaslight 1962





Devendra Banhart - Cripple Crow

Tremoços


Vamos ao que realmente interessa no futebol: OS TREMOÇOS. O Eusébio chegou a apelidá-los de marisco, em jeito metafórico, embora tenha sido mal interpretado e, ainda hoje, seja ridicularizado devido a esse facto. Nunca gostei muito de futebol, mas era um pretexto para comer tremoços. Ia ver um jogo ao vivo e só me preocupava em comprar tremoços. Achava giro regateá-los com a senhora dos tremoços, só mesmo por caturrice. Agora, é uma vergonha o que estão a fazer ao futebol português. Estão a “americanizá-lo”. Já só vendem cachorros e hamburgers nos estádios. Esta merda não é a final do “Superbowl” (tirando os jogos das equipas do Jaime Pacheco) e neste país a Janet Jackson pode mostrar o mamilo as vezes que quiser! Bem, mas devem ter banido os tremoços por causa das cascas sujarem as bancadas. Pois, eu estava-me borrifando para isso. Eu pagava bilhete não era para ver a bola, era para alguém, no fim do jogo, limpar a esterqueira que eu fazia. Se não fosse por isso, podia muito bem comê-los em casa, olha que porra!
Bem, falando então desse elemento essencial ao jogo.
Os tremoços são apenas as sementes de uma planta dicotiledónea da família das Leguminosas (Leguminosae), da qual também fazem parte os feijoeiros (Phaseolus spp. e Vigna spp.), a faveira (Vicia faba L.), a ervilheira (Pisum sativum L.), o grão-de-bico (Cicer arietinum L.), a lentilha (Lens culinaris)… enfim, todas essas cujo fruto é uma vajem e a flor papilionácea, as comestíveis e muitas outras não comestíveis (como as giestas, os tojos [Ulex L. spp.], as olaias [Cercis spp.], os trevos [Trifolium L. spp.], as joinas [Ononis L. spp.] etc.…). Mas afinal por que raio só nos dão a comer tremoços demolhados? É que os tremoços são muitíssimo tóxicos para nós e para outros mamíferos se não levarem qualquer tipo de tratamento. O povo foi sábio, nesse aspecto, e descobriu que deixando os tremoços em água corrente durante determinado período de tempo, estes passavam a ser comestíveis. A intoxicação traduz-se por uma sintomatologia anticolinérgica: midríase, taquicardia, hipotensão, mucosas sêcas, retenção urinária. Os casos mais ligeiros apresentam náuseas, vómitos e tonturas, dores abdominais e depressão respiratória. Isto, porque as sementes dos tremoceiros e tremocilhas (Lupinus spp.) têm um elevado teor em alcalóides, como a anagirina (altamente tóxica, cardiotónica e teratogénica), a esparteína, a lupanina, a luteona e a wighteona. A toxicidade desaparece, pois, com a ebulição em água ou colocando os tremoços durante algum tempo em água salgada, mas a água de demolhar o tremoço também é tóxica! Como se não bastasse, os tremoços podem, eventualmente, ser também responsáveis pela intoxicação que se denomina “lupinose”, não por outro constituinte químico da planta, mas pela micotoxina produzida pelo fungo Phomopsis leptostromiformis que os ataca. É só um alerta para o facto de nem tudo o que é produto natural/vegetal e macrobiótico ser inócuo…

Para terminar, deixo-vos com uma receita que estou a pensar levar ao “SIC 10 horas”.
Põe-se massa a cozer. Qualquer massa, a vossa preferida. Eu usei rigattoni. Aconselho, porque me aconselharam uma vez.
No copo de uma picadora deita-se o conteúdo de uma lata de atum (gosto de Calvo claro) e umas boas três colheres de maionese (gosto de Helmanns, embora esta treta de se passar a chamar Vianeza talvez me leve a comprar outra marca daqui em diante). Junta-se ainda uma quantidade generosa de couve-flor em pickle. Digamos, umas duas cabeças avantajadas. Pica-se bem.
Juntam-se 2 mãos-cheias de tremocinhos, com casca e tudo, e misturam-se bem, para os tremoços ficarem envolvidos no paté.
Finalmente, mistura-se tudo com a massa, dando várias voltas, para a massa ficar bem coberta com o paté.
Come-se.

É delicioso, apanhar um tremoço durinho no meio da textura suave da massa e pastosa do paté!

Adriaanse, por que é que só chateias o McCarthy?

Sonkaya

Próximo concorrente do Esquadrão G

Masters of the Universe

















quarta-feira, setembro 14, 2005

Geração X



Load up on guns
Bring your friends
It’s fun to lose
And to pretend
She’s overboard
Myself assured
I know I know
A dirty word

Hello...

With the lights out it’s less dangerous
Here we are now
Entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now
Entertain us
A mulatto
An albino
A mosquito
My libido
Yea

I’m worse at what I do best
And for this gift I feel blessed
Our little group has always been
And always will until the end

Hello...

With the lights out it’s less dangerous
Here we are now
Entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now
Entertain us
A mulatto
An albino
A mosquito
My libido
Yea

And I forget
Just what it takes
And yet I guess it makes me smile
I found it hard
Its hard to find
Oh well, whatever, nevermind

Hello...

With the lights out it’s less dangerous
Here we are now
Entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now
Entertain us
A mulatto
An albino
A mosquito
My libido
Yea

Hymn of the day



Crown of love


They say it fades if you let it,
love was made to forget it.
I carved your name across my eyelids,
you pray for rain I pray for blindness.

If you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallen from me.
If you still want me, please forgive me,
because the spark is not within me.

I snuffed it out before my mom walked in my bedroom.

The only thing that you keep changin'
is your name, my love keeps growin'
still the same, just like a cancer,
and you won't give me a straight answer!

If you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallen from me.
If you still want me please forgive me
because your hands are not upon me.

I shrugged them off before my mom walked in my bedroom.

The pains of love, and they keep growin',
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.

If you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
If you still want me, please forgive me,
cause this crown is not within me.
It's not within me, it's not within me.

You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word that I can say

You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word...


Arcade Fire

Glasgow Rangers x F.C. Porto

NO RULES. GREAT SCOTCH.

terça-feira, setembro 13, 2005

Sr. Drº...

Pois é... o mundo passou a ter mais um Sr. Drº....

Ontem foi o dia da minha defesa do relatório de estágio e que belo dia que foi... acordei às 7 da manhã depois de ter adormecido lá pelas 4h... cheguei aos HUC às 9h e só defendi o meu relatório às 12h45m... mas estranho, estranho foi o modo como correu a defesa... é suposto, numa defesa destas, recebermos um feedback do nosso trabalho clínico, um feedback do nosso relatório e respondermos a umas questões teóricas, sobre o estágio ou sobre qualquer coisa, levantadas pelo Grande Mestre Careca dos Pés Grandes... ora bem, eu realmente recebi um 1º feedbak (positivo), um 2º feedback (muito positivo) e quando a ansiedade começava a atacar o meu corpo, preparando-me para a investida do Chefão, este sai-se com esta: "bem não tenho nada a perguntar, só dois comentários... não sei quê não sei quê blá blá blá e como sei que é do benfica, imagino que tenha passado um fim-de-semana complicado... muitas felicidades, o seu estágio está concluido...".

Ainda melhor é o facto de eu, depois de uma defesa magnifica, em que consegui dizer "bom dia" à entrada e "boa tarde à saida", logo emendado para "ups, afinal é bom dia ainda..." (ou seja errei claramente uma resposta...) ter sido avaliado por esta mesma defesa com um rotundo 18... fiquei indignado, é que se virmos bem as coisas eu tinha conhecimentos para o 20... também era capaz de dizer o meu nome, dizer "muitas felicidades", "muito obrigado" e era ainda capaz (atentem bem nisto!!)de apertar a mão a todos os presentes e de me engasgar a responder a uma questão teórica...

É realmente um mundo muito injusto...

World Press Photo 2002


Eric Grigorian, Armenia/USA, Polaris Images.


"Qazvin Province, Iran, 23 June 2002. Surrounded by soldiers and villagers digging graves for victims of earthquake, a boy holds his dead father's trousers as he squats beside the spot where his father is to be buried."

Hymn of the day




Lover, you shoud´ve come over


Looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
And maybe I' m too young to keep good love from going wrong
But tonight you' re on my mind so you never know

When I' m broken down and hungry for your love with no way to feed it
Where are you tonight, child you know how much I need it
Too young to hold on and too old to just break free and run

Sometimes a man gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And much too blind to see the damage he's done
Sometimes a man must awake to find that really, he has no-one

So I' ll wait for you... and I' ll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn

Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late

Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come

It's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over, all my riches for her smiles when I slept so soft against her
It's never over, all my blood for the sweetness of her laughter
It's never over, she's the tear that hangs inside my soul forever

Well maybe I' m just too young
To keep good love from going wrong

Oh... lover, you should've come over
'Cause it's not too late

Well I feel too young to hold on
And I' m much too old to break free and run
Too deaf, dumb, and blind to see the damage I' ve done
Sweet lover, you should've come over
Oh, love well I' m waiting for you

Lover, you should' ve come over
'Cause it's not too late




Jeff Buckley

segunda-feira, setembro 12, 2005

Salto no vazio

Um homem no espaço! O pintor do espaço lança-se no vazio!, 1960
(foto de Harry Shunk)
A fotografia, tirada por Harry Shunk, em 1960, numa ruela dos arredores de Paria (Rue Gentil-Bernard, em Fontenay-aux-Roses), acabou por se transformar num ícone visual do séc. XX.
Em 1957, o Sputnik I era colocado pela primeira vez em órbita à volta da Terra. A viagem espacial significava a libertação das leis da gravidade que condenavam o homem a permanecer inexoravelmente preso à Terra. Neste contexto, a imagem que retrata Yves Klein a lançar-se livremente no espaço, um ano antes do primeiro voo espacial tripulado, assumia um valor iconográfico muito particular.

Coisas inúteis



Fabricantes de pijamas de todo o mundo:
preciso tanto de um bolso na camisola do meu pijama como de um olho do cú no cotovelo.

Nem Beatles, nem Rolling Stones...

The Velvet Underground

O que ando a ouvir...

Al Green - Let´s get together
Aretha Franklin - Respect
Bauhaus - Bela Lugosi´s dead
Bloc Party - Pioneers
Bob Dylan - Tangled up in blue (sempre)
Bobby Vinton - Blue Velvet (sim, do filme do Lynch)
Bruce Hornsby - That´s just the way it is
Buddy Holly - Rock around the clock
Captain Beefheart - Moonchild
Charlie Parker - Ornithology
Chuck Berry - Johnny B Goode
Creedence Clearwater Revival - Bad moon rising
Dave Brubeck - Take five
David Bowie - Life on Mars
Devendra Banhart - Will is my friend
Dinousaur Jr. - Freak scene
Dusty Springfield - Son of a preacher man
Echo & the Bunnymen - The killing moon
Eliades Ochoa - Chan Chan
Elton John - Rocket Man
Feist - Let it die
Futureheads - Meantime
Gang of Four - Damaged goods
Happy Mondays - 24hour party people
Hot Hot Heat - Middle of nowhere
Iggy Pop - The passenger
Interpol - Evil
James Brown - I feel good
Jerry Lee Lewis - Great balls of fire
Jesus & the Mary Chain - She
John Coltrane - Blue train
John Lee Hooker - Bluebird
Jon Spencer Blues Explosion - She said
Josh Rouse - Miracle
Joy Division - Love will tear us apart (sempre)
Julee Cruise - Falling (o tema do Twin Peaks)
Kingsmen - Louie Louie
Le Tigre - Deceptacon
Lou Reed - This magic moment (tb no Lost Highway)
Marvin Gaye - Let´s get it on
Maximo Park - Going missing
Miles Davis - Blue in green
My Bloody Valentine - Sometimes
Neil Young - Don´t let it bring you down (sempre)
Nick Drake - Northern sky
Nina Simone - Cry me a river
Ornatos Violeta - Ouvi dizer
Outkast - Hey ya
Pixies - Hey
Portishead - Roads
Pulp - Common people
Serge Gainsbourg & Jane Birkin - Je t´aime... moi non plus
Sneaker Pimps - Six underground
Stranglers - Golden Brown
Sufjan Stevens - To be alone with you
Television - Marquee Moon
The Arcade Fire - Rebellion (Lies)
The Church - Under the milky way
The Cure - Pictures of you
The Kills - Cat Claw
The Rapture - House of jealous lovers
The Who - Teenage wasteland
Tom Waits - Closing time
Townes Van Zandt - Dead flowers
Velvet Underground - Sweet Jane (sempre)
X-Wife - Eno

Edward Hopper


Sun in An Empty Room, 1963

Henri de Toulouse-Lautrec



Cuba tem bem mais do que óptimos charutos...


De Alto Cedro voy para Marcan
Llego a Cueto, voy para Mayar

El cario que te tengo
No te lo puedo negar
Se me sale la babita
Yo no lo puedo evitar

Cuando Juanica y Chan Chan
En el mar cernan arena
Como sacuda el jibe
A Chan Chan le daba pena

Limpia el camino de paja
Que yo me quiero sentar
En aqul tronco que veo
Y as no puedo llegar

Seinfeld


"Porque é que as pessoas que trabalham num escritório têm a fotografia da família na secretária a olhar para elas? Será que se esquecem de que são casados? Ou será que dizem para si próprios: «Pronto, cinco horas. Está na hora de ir fazer a ronda pelos bares e arranjar umas prostitutas. Espera aí. Tenho mulher e três filhos. Tinha-me esquecido completamente! É melhor ir para casa.»"

"Há uma verdadeira indúdtria de prendas de mau gosto. Todas aquelas prendas para «executivos», aquelas inutilidades de madeira e de bronze com um bocado de feltro verde por baixo. «É uma agenda de secretária anti-stress com manual de golfe e suporte para gravatas, Papá.» Mas não há nada que chegue ao pisa-papéis como prenda de mau gosto. Para mim, não há nada melhor do que um pisa-papéis para dizer: «Não estive para me preocupar.» E onde será que as pessoas trabalham para os papéis estarem a voar das secretárias? Estará o seu escritório preso às traseiras de um camião que vai a descer uma auto-estrada ou coisa do género? Ou estarão a escrever no cesto de gávea de um veleiro? Para que é que alguém precisa de um pisa-papéis? De onde vem o vento?"

"Nunca estive preso. Mas penso muito na prisão. Não sei porquê. Penso em como iria decorar a minha cela. Quantas flexões faria.
Como eu vivo sozinho, é mais ou menos a mesma coisa. Estou na solitária.
Como é que eu posso não pensar na prisão? Todas as noites na televisão vemos pessoas a irem para a prisão. Sempre que estão a prender um terrorista, um louco, um assassino em série, o tipo tapa sempre a cara com um jornal, com um casaco ou com um chapéu.
Que reputação terá aquele homem para ter de se preocupar com a possibilidade de aquela exposição manchar o seu bom nome? Estará prestes a ser promovido no emprego ou coisa do género? Terá medo que o patrão o veja na televisão e diga: «Aquele não é o Johnson das vendas? Estava naquela torre do relógio a abater pessoas uma a uma. Não sei se será o tipo de pessoa indicada para dirigir a nova sucursal. Acho que é melhor pô-lo nas cobranças.»"



Havia já anos que a tinhas expulsado,
fechado na cave, procurado esquecer.
Sabias que não estava na música, por isso cantavas;
sabias que não estava no silêncio, por isso te calavas;
sabias que não estava na solidão, por isso estavas só.
Que sucedeu então hoje
para que te assustasses, como alguém
que de repente visse , na noite,
um raio de luz sob a porta do quarto ao lado,
onde há tanto tempo já ninguém habita?


Vladimir Holan, poeta checo (tradução de Eugénio de Andrade)

Hymn of the day



You´re a big girl now

Our conversation was short and sweet
It nearly swept me off-a my feet.
And I'm back in the rain, oh, oh,
And you are on dry land.
You made it there somehow
You're a big girl now.

Bird on the horizon, sittin' on a fence,
He's singin' his song for me at his own expense.
And I'm just like that bird, oh, oh,
Singin' just for you.
I hope that you can hear,
Hear me singin' through these tears.

Time is a jet plane, it moves too fast
Oh, but what a shame if all we've shared can't last.
I can change, I swear, oh, oh,
See what you can do.
I can make it through,
You can make it too.

Love is so simple, to quote a phrase,
You've known it all the time,
I'm learnin' it these days.
Oh, I know where I can find you, oh, oh,
In somebody's room.
It's a price I have to pay
You're a big girl all the way.

A change in the weather is known to be extreme
But what's the sense of changing horses in midstream?
I'm going out of my mind, oh, oh,
With a pain that stops and starts
Like a corkscrew to my heart
Ever since we've been apart.

Bob Dylan


Site Counter Hit Counter