sábado, fevereiro 24, 2007

Foi bom crescer nos anos 80/90

Estou lindo, estou!

Estava a estudar e deixei-me adormecer por uns instantes, não porque sofra de narcolepsia. Dei comigo a pensar em cenas para possíveis filmes de acção de série "B". Não me perguntem como, mas, no meu sonho, um tigre invadiu o hipermercado "Continente" de Coimbra. (Talvez tenha fugido do circo "Chen" que costuma montar tenda ali ao lado, mas precisaria de um psicanalista para validar esta minha associação). Bem, adiante. As pessoas começaram a fugir em todas as direcções, aos gritos, abafando a música "I love rock´n roll" que se fazia ouvir nos altifalantes do até aí pacato hipermercado. Gerou-se o pânico, até que o repositor da secção de conservas conseguiu engendrar um plano para conduzir o tigre até à secção dos congelados. Uma vez aí chegado, colocou-se de costas para a máquina de cortar bacalhau e de frente para o tigre, de peito inchado e encorajando o animal a avançar, gritando "eh lá! eh tigre!", tal como um forcado amador do Aposento da Moita. O tigre cravou as unhas no chão, deu um salto e atacou, felino, mas o repositor da secção de conservas usou aquela técnica do tambor do Karaté Kid II, esquivou-se ao ataque, agarrou uma das patas traseiras do tigre e decepou-a fazendo uso da máquina de cortar bacalhau.

Retratos do trabalho em portugal

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Ficha formativa que conta prá nota!

I
Em cada grupo de hipóteses há uma que não faz sentido quando associada às restantes. Assinale

1.
a) ontem
b) Parma
c) SC Braga
d) UEFA
e) círculo

2.
a) João Pinto
b) Jorge Costa
c) Fernado Couto
d) Mundial sub20
e) isósceles

3.
a) estágio
b) selecção
c) menina Paula
d) saco
e) xixi
f) Nuno Luz
g) paralelepípedo


BOA SORTE!

Porque hoje está de chuva...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Câmara (de gás hilariante)

Aos poucos, começam a conhecer-se os podres dos responsáveis à frente da Câmara de Lisboa.
Será que se neste lavar de roupa suja, Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho, Dias Baptista, José Sá Fernandes, Maria José Nogueira Pinto, Rúben de Carvalho, e companhia confessarem que têm por hábito soltar um peidinho nas reuniões da Assembleia Municipal, a Câmara da Capital poderá ser considerada uma câmara de gás?

Oportunidade de negócio!

Dado que a Petit Patapon e a Chicco não se chegam à frente...
Procuro parceiros interessados em avançar com negócio pioneiro no ramo do vestuário para bébés prematuros.
Despoletado pela história da pequenita Amilia, os telejornais lusos têm sido bombardeados com directos a partir da habitação de famílias portuguesas que também tiveram um bébé prematuro. Já lhes perdi a conta. Não percebo muito de economia, mas penso que a isto se dá o nome de "nicho de mercado" em franca expansão.
Quem estiver interessado é favor deixar o contacto aí em baixo na caixa dos "comments".
Vamos produzir "Babygrow" em série para bébés prematuros porque a verdadeira razão para eles passarem toda a estadia na maternidade dentro de uma incubadora, sem sequer poderem vir apanhar ar ao átrio ou visitar o quiosque das revistas é o facto de não terem roupinha que lhes sirva. E ninguém me convence do contrário!
E com este "post" sinto que a probabilidade de poder vir a perpetuar os meus genes desceu em flecha. Mas não importa. Quem me conhece sabe que sou um ser sensível, que nasci com 4,150 kg e que a primeira coisa que fiz foi descer ao R/c e comprar o jornal "Record" para saber o resultado do jogo do Sporting que tinha jogado na noite anterior. Ganhámos! Dois do Manuel Fernandes e um do Jordão. Só depois é que deixei que me cortassem o cordão umbilical e me pegassem de pernas para o ar, dando-me uma palmada no rabiosque, para que eu abrisse as goelas e sorvesse as primeiras golfadas de ar. O percurso até comprar o jornal fi-lo em apneia.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Rescaldo

Foi bonito o jogo, pá! O Postiga conseguiu cimentar a 1.ª posição no ranking dos jogadores que mais vezes foram apanhados em fora-de-jogo na presente edição da liga dos campeões.
E foi tocante ver o Mourinho bater palmas ao Quaresma quando este foi desarmado mesmo em frente ao banco do Chelsea. O "Mustang" tem tanta classe que até a perder a bola o faz com arte.
Ao ritmo a que o "Special One" mascou pastilha elástica, aposto que está a ser patrocinado por uma qualquer marca de "chewing gum" lá dos bifes. Conseguirão as bem portuguesas Super Gorila ripostar e assinar contrato com Cristiano Ronaldo para que este faça um balão enquanto dribla dois adversários e marca golo?

Para os inveterados do FCP...

A UEFA ditou que, esta noite, Makelele jogará com uma camisola amarela fluorescente e Paulo Assunção com uma laranja fluorescente, por forma a não suscitarem confusão nos espectadores, tamanhas são as semelhanças tecnico-tacticas entre os dois médios-defensivos.
O site da UEFA também adianta que a única característica que distingue os atletas é 1 cm de diferença entre os pénis e, ainda assim, apenas quando em erecção. Não revela, no entanto, quem leva vantagem neste capítulo.

FC Porto x Chelsea

Começaram os "mind games"!
Consta que Pinto da Costa e Jesualdo Ferreira terão dado luz verde no sentido de serem colocadas fotos no balneário do Chelsea, (pertencentes ao portfolio do FC Porto), nas quais se podem observar Silvino Louro, José Mourinho, Baltemar Brito, Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho em tanga e envolvidos em lutas com toalhas, aquando das comemorações da conquista da Liga dos Campeões em Gelsenkierchen.



Retrato do desleixo em Portugal

Ando em época de exames há mais de um mês!



Para aqueles que acham que o bidé não serve para nada a não ser para levar com o Dystron em cima

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Aqui há talento!

Carlos Bueno candidatou-se ao programa da RTP "Aqui há talento" na tentativa de suscitar o interesse de mais clubes na aquisição do seu passe.
No mesmo programa, terá como concorrente mais directo o MA que levará a concurso os seus truques com um "Zippo" e a sua capacidade de fazer girar um maço de tabaco, estando este apoiado sobre a mesa apenas por um dos seus ângulos.

Pirraça (segundo o meu dicionário)

Alberto João Jardim demite-se do governo madeirense para... voltar a recandidatar-se em eleições antecipadas!
Que acto de coragem! Arriscar ir assim a eleições na ilha da Madeira cujo sistema "democrático" tem vindo a ajudar a erigir desde 1978. Isto é abnegação!
Será que conseguirá a maioria dos votos?

De preservativo na carteira (faço um "raide" até Albufeira!)

No outro dia, um colega, a fim de saldar uma dívida, abriu a sua carteira com enlevado entusiasmo. Em lugar de destaque brilhou o papel de alumínio de um preservativo. Lá tive que balbuciar “Ah! Campeão!”. Há momentos em que um gajo tem que tentar ser tão ou mais bronco para não defraudar o ego de certas pessoas. Esse meu colega lá esboçou um sorriso confiante. Cheguei a duvidar se não terá tido o objectivo de assediar-me, tamanho foi o seu regojizo.
Eu não uso carteira. Prefiro andar com o dinheiro nos bolsos e os documentos espalhados pela minha “Eastpak”. Ando sempre com a minha sacola a tiracolo. Sinceramente, dou-lhe mais uso do que aos preservativos, como tal, tenho sempre os documentos comigo e poupo o inconveniente de andar com um chumaço no bolso de trás das calças.
Isto do preservativo na carteira tem que se lhe diga. Parece-me que muita malta os transporta diariamente, para todo o lado, fazendo dele um amuleto, como quem se afeiçoou a uma pata de coelho ou a um trevo de quatro folhas.
Andar com um preservativo na carteira é tão foleiro como transportar um pente no bolso da camisa, ter um galhardete de um clube de futebol ou um cd virgem suspensos no retrovisor do automóvel. Só que como tem uma conotação sexual a malta diz que é de homem.
Um preservativo na carteira lembra-me sempre mercantilização do sexo – o preservativo, ali, em convívio com notas, moedas, número de contribuinte, cartão de cliente do Psicológico, etc. Pelo menos, podiam guardá-lo no bolso da camisa, junto ao coração (qualquer dia estou a escrever letras para o Marco Paulo).
Por esta altura, berram vocês desse lado: “Moreira, meu ressabiado, há pessoas que conseguem ter sexo casual nos sítios e momentos mais impensáveis com regularidade!” Tudo bem. Mesmo assim, qual a necessidade destes indivíduos andarem diariamente com um preservativo na carteira? Serão tão irresistíveis que quando pagam a conta na mercearia ou na pastelaria correm o risco de ter sexo, ali mesmo, em cima do balcão, com a empregada da caixa, sem conseguirem sequer chegar ao automóvel, ir até à casa-da-banho, convidá-la para o seu apartamento ou irem à máquina no exterior da farmácia ao lado meter umas moedas?
É que andar com um preservativo na carteira também pode dar ar de quem sofre de disfunção eréctil ou ejaculação precoce. “É melhor ter a borrachinha aqui à mão, se não, podem passar mais 10 anos sem me entusiasmar a este ponto…”
Também deve ser giro quando estes gajos vão, enfim, dar uso ao preservativo e leêm “2004-12”. Pensarão em voz alta: “O último festival de Verão a que fui foi já assim há tanto tempo? Deixei de ver os Franz Ferdinand para andar à cata de preservativos e agora não me serve de nada”. Deve ser uma frustração algo do género “Chatice! Ainda na semana passada tive que deitar fora os iogurtes e agora isto! Que se foda! Vou para a varanda atirar balões de água aos transeuntes.”
Outros possíveis títulos para este post:

De preservativo na carteira (bricobaile a noite inteira!)
De preservativo na carteira (é pá maluqueira!)
De preservativo na carteira (vai já com a primeira rameira!)
De preservativo na carteira (ambos comprados na feira!)
De preservativo na carteira (não me escapa a cabeleireira!)
De preservativo na carteira (vemo-nos na Vidigueira!)
De preservativo na carteira(é de perder a estribeira!)
De preservativo na carteira (fodo sem eira nem beira!)

É carnaval, ninguém leva a mal.

Soube ao jantar que o José Carlos Malato foi escolhido como Rei do Carnaval da Figueira da Foz. Então mas quem raio é a Drag-Queen?

Freeze motherfucker!

Estou a chegar a casa depois de um belo jantar em família. Conduzia todo satisfeito o meu bólide. A cassete passava nesse preciso momento a "Let´s get it on" do Marvin Gaye, quando sou mandado parar pela polícia. Pensei "C´um raio. Só bebi dois copos de tinto. Já que vou ter que sair do carro e apanhar frio vamos lá brincar um bocadinho e levar uma história para contar".
Mal desci o vidro o senhor agente (não, não tinha bigode) disse: "Boa noite! Os seus documentos e os da viatura por favor". Ao que respondi "Um momento, devem estar aqui no porta-luvas ao pé do revólver. Ou será que os deixei no porta-bagagens juntamente com o cadáver?". Obviamente que o sr agente não esboçou qualquer sorriso e as próximas palavras que ouvi foram: "Importa-se de sair da viatura de modo a procedermos ao teste de alcoolémia?". Por momentos pensei que me fossem dizer para colocar as mãos atrás da nuca, atirarem-me contra o capot e espancarem-me devido à minha insolência, mas acho que isso só acontece na América. Soprei e aquilo não acusou. Não que eu aguente a bebida como um campeão, mas realmente dois copos de tinto não fazem mossa nem a um anão.
Sinto uma felicidade transbordante. Soprei no balão e derrotei-o! Agora, já só me falta escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore para me sentir realizado.

domingo, fevereiro 18, 2007

Para desfazer possíveis equívocos...

Encontrei minutos depois de ter postado o último vídeo, este outro que ilustra a leitura que o mestre Tarantino faz do filme Top Gun. Não era nisto que eu estava a pensar, a menos que tenha um subconsciente tumultuoso. Deixo-vos com mestre Tarantino. Este gajo parece o Óbelix; deve ter caído num caldeirão de "speed" ou de adrenalina quando era pequeno.

Porque hoje me sinto um clássico instantâneo da cultura pop.

sábado, fevereiro 17, 2007

Bitter-sweet (segundo o meu dicionário)

"Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?..." Dostoievski, Noites Brancas

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Porque hoje é dia de S. Valentim

Porque hoje é dia de S. Valentim

Porque hoje é dia de S. Valentim

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Três tristes

trigres

FODA-SE!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Chegámos à China!

Estive calado até agora mas agora já posso falar.

Aquando da recente visita do Governo à China, este vosso amigo, sabendo que podia ser uma oportunidade única para divulgar o nosso país e o que de bom se faz aqui, meteu uma cunha ao Sócrates para que divulgasse o Devaneios, porque até tinhamos o FM com muito baixo custo salarial, basta ver o ritmo de produção de posts do rapaz

Parece-me que foi uma aposta ganha!

Já temos visitantes da China.


Moreira, começa a aprender a comer com pauzinhos. Aprende a cozinhar um nº 34 (tlinta e quatlo)! Vai ver qual a diferença entre um Pato à Pequim e um Pato à Beijing e começa a fazer a lista das exigências (ou concessões). Vais escrever prá China!

PS. Já que és um entendido no assunto, vê lá se os ensinas a deixar de mijar contra o vento.

Era mais um prato de iscas!!! Shiiiuuu!!

Hoje acordei e senti-me um bocadinho mais europeu!
Passou depressa.
Bastou passar uma hora na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Aquilo mais parece um snack bar de camionistas. É malta a levantar-se a toda a hora, é malta a falar com outra malta, é malta a ler A Bola, é malta com os computadores com som ligado (quando é que a microsoft muda o som de arranque do windows?). É um regabofe pegado! Eu nem sou de me chatear, mas o dia até me estava a correr bem e face à minha urgente necessidade de estudar confesso que me torno um pouco menos tolerante. Mas, pensei eu, nem tudo estava perdido. Ao menos temos lá as excelsas funcionárias! As mesmas que não nos deixam ir apenas fumar um cigarrinho sem levar uma cartolina com carimbo, não vá a gente perder-se e assim podemos dar sempre a cartolina como quem diz "Epá, tou perdido. não sei de onde venho mas tenho aqui esta cartolina, pode-me ajudar?"
Nada feito. Olho para elas com o meu olhar de quem reclama silêncio e apenas a elas lhe reconhece a autoridade para isso, mas o que é que vejo? Três ou quatro a discutir o final da telenovela que vem na capa de uma revista.
Tenho a impressão que as ditas se acham excusadas de velar pelo silêncio desde que a porta nova (automática) manda calar a sala sempre que alguém entra ou sai da mesma (umas 4/5 vezes por minuto).
Está explicado. A remodelação da biblioteca serviu apenas para tirar o fardo às senhoras que era mandar a malta portar-se como deve ser numa biblioteca, à pala das molas pneumáticas da porta.
No meio disto tudo ainda se vê malta a ler a primeira edição de "As Farpas"!

domingo, fevereiro 11, 2007

Já agora...

Findo o escrutínio, as canetas fornecidas pelo Estado destinadas exclusivamente ao acto eleitoral são armazenadas em local próprio até às próximas eleições (válido apenas para as canetas que ainda tiverem tinta), ou são distribuídas por todos os elementos que dedicaram o seu Domingo ajudando nas mesas de voto?

Ainda o referendo...

A caneta com a qual desenhei a cruzinha, dizia "O Cantinho da Anita - Rendas & Atoalhados". Será que imediatamente a seguir ao intervalo do Superbowl e a um outdoor em Times Square o espaço publicitário mais procurado é o das canetas utilizadas para preencher o quadradinho nos referendos lusos?
AVISO: este post é pura ficção. As canetas não podem ter qualquer tipo de publicidade, embora nas últimas eleições um dono de uma funerária duma freguesia de Coimbra, que por acaso também era presidente de uma mesa de voto, fez questão que as canetas fizessem publicidade ao seu negócio. Obviamente, incorreu numa ilegalidade, mas não sei qual é a pena para tal situação, embora tenha curiosidade.

A verdadeira explicação da elevada taxa de abstenção

Mania destes gajos da comissão nacional de eleições disponibilizarem canetas para um gajo votar em vez de almofadas de tinta "Cisne"...

Outra questão capaz de mobilizar os portugueses!

"O Simão está cada vez mais musculado ou terá prometido ao Rui Barros que vestiria a sua camisola sempre que representasse a selecção?"

Uma questão capaz de mobilizar os portugueses!

"Concorda com a naturalização de Liedson, se realizada, por opção da mulher, a fim da Selecção Portuguesa de Futebol nunca mais se apresentar com 10 jogadores, à partida, num jogo de uma fase final de um campeonato do mundo ou europeu?"

E não me venha para aqui nenhum jurista dizer que a pergunta formulada está ferida de inconstitucionalidade porque também deveria incluir o nome de Mendonça como alternativa credível a Postiga, Pauleta ou Nuno Gomes.

Fezada

Para cumprir o meu dever de voto vim ontem para Setúbal.
Pelo caminho parei em Fátima e acendi uma velinha pelo Sim.

sábado, fevereiro 10, 2007

Deixem cantar os Stone Roses! (ou tesourinhos deprimentes da televisão britânica)

Diz que é uma espécie de Saramago, mas com bigode e melhores dentes

No futebol são frequentes as comparações entre os dotes técnicos e estilo de jogo de certos jogadores, talvez numa tentativa de hierarquização, ou somente tratando-se de um exercício despretencioso. Sempre achei piada a uma expressão referente a George Hagi, antiga estrela do futebol romeno. Recebeu o epíteto elogioso de "Maradona dos Cárpatos". Deco, por exemplo, foi apelidado, durante o tempo em que aprimorava o seu jogo no F. C. Porto, de "Pequeno Zidane".
Desconhecia é que tal prática já tinha chegado ao mundo da literatura. Comprei um livro. Quando cheguei a casa, reparei que no interior dele vinha, como oferta, um separador que aproveitava para fazer publicidade a uma outra obra da mesma editora. E não foram parcos na comparação. Podia ler-se "A Chave Mestra, de Augustín Sánchez Vidal. A obra de estreia do autor já considerado o Umberto Eco espanhol". Será que em sessões de apresentação de primeiras obras de escritores vamos poder começar a testemunhar expressões definidoras de estilo literário do género "Sou como o Lobo Antunes, mas com títulos mais curtos" (numa nítida alusão ao Chicabala que era como o Vieri, mas mais rápido)?
Depois disto, já nem acho tão ridículo aquele puto residente na Brandoa que se auto-intitulava o "Marlon da Brandoa" (só tive conhecimento deste personagem porque mereceu uma referência numa crónica de um dos críticos de cinema do Expresso - até porque eu não tenho qualquer tipo de ligação à Brandoa).

"Modern life is rubbish"

Hoje, pediram-me boleia. Ignorei o pedido como quem sacode um mosquito que incomoda. Não pude deixar de me recordar de um episódio de Sete Palmos de Terra no qual o David foi bem mais atencioso do que eu e lixou-se. Não consegui, igualmente, deixar de pensar na ironia desta situação. Dirigia-me para o cinema, sozinho, depois de não ter conseguido arranjar companhia (em parte, talvez também devido ao facto de ter decidido ir ao cinema 20 minutos antes do filme começar) . E, agora, ali estava eu, a recusar um polegar em riste com o qual poderia trocar meia-dúzia de palavras. Será que foi tudo isto que conseguimos em séculos de civilização? A recusa dos afectos, de bonomia, o receio de um ser semelhante a nós?
O que me irrita particularmente é que tomei a decisão correcta.
Ah, já agora, “Babel” é um grande filme.









RIP

Morreu Anna Nicole Smith



As mamas vão pró Ecoponto azul, amarelo ou verde?

Minority Report

"Conseguimos procurar no cérebro informação específica e ler intenções reais do indivídiuo que, sem estas imagens das profundezas do cérebro nunca conseguiríamos ler. As imagens que vimos são como que uma lanterna que nos deixa ler gravuras na parede de uma gruta escura", afirmou ao "Guardian" John Dylan Haynes, do Max Planck, coordenador do estudo.

A Federação Portuguesa de Futebol já enviou uma ajuda monetária para esta equipa do Instituto Max Planck, procurando, deste modo, acelerar todo este processo inovador, na esperança de que, ainda este ano, venha a ser possível fazer uso desta tecnologia de ponta, numa base semanal, para diferenciar e avaliar com rigor científico, para termos de justiça e processos sumaríssimos, uma chapada "anda lá puto, não sejas tonhó" do Caneira, uma cotovelada "é pá eu sou tão bom e este gajo está aqui a tirar-me a bola" do Quaresma ou uma "braçada" "bolas que já não tenho pernas para isto, mas tenho que mostrar serviço porque um dia destes congelo lá por Moscovo" do Derlei.

Estamos condenados!

Vinha eu para aqui, calminho, vendo o que se passava no mundo informático - já que lá fora 'tá friozinho - quando faço o meu login no novo blogger e me deparo com uma informação do Demo! Literalmente! Não é que temos 666 posts? Bolas, não vá o grande mafarrico tecê-las vou juntar um post para fugirmos ao número infernal! Não sei é se ainda vamos a tempo!! Raios que já não prego olho hoje!

O problema é que não sei o que dizer neste 667º post. Mas isso não interessa, pois não? O que interessa é que eu estou a salvar o mundo, qual Buffy, dos mafarricos, diabos e diabretes que se escondem nas sombras à espera que algum ser incauto os chame!

Já disse que tá frio lá fora? E chove... acho eu! Mas o tempo até tem estado bonito, não tem? Hoje parecia um dia de Primavera! E depois dizem-me que não há aquecimento global... pfui... vamos em Fevereiro e já há dias de Primavera... isto desregula tudo! A minha avó, coitada, já bem que se queixava que assim as porcas "aquecem" quando não devem. E depois? Quando se mata a porca? Há tradições que são para manter... já para não falar... já para não falar de quê? Isto de fazer um post só por fazer dá trabalho! Querem falar do aborto? Ou do nosso Glórias? Já viram que somos um dos 20 clubes mais ricos do mundo? Isto ultimamente é só recordes e marcas importantes!
Isto era uma boa altura para ir ali ao youtube sacar um video engraçado e estava feito mais um post à altura dos nossos pergaminhos! É que isto assim não vai a lado nenhum... será que se eu contar uma anedota isto anima?
Pode ser uma daquelas do Joãozinho? Ou aquelas sempre engraçadas do português, do francês e do inglês? Bah... também não me lembro de nenhuma!
Quando é que o Baiao se re-junta aqui ao pessoal? Ele desde que isto passou a "new blogger" nunca mais apareceu... o nome dele nem aparece ali...
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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Tudo o que sempre quis saber sobre as casa-de-banho públicas masculinas

Talvez por ter lido o último post do blog do Sandro ou, quem sabe, porque nas últimas semanas tenho sido particular frequentador de casas-de-banho públicas, (principalmente de uma ali para os lados das cantinas azuis, que tem uns urinóis tão baixos que me sinto um verdadeiro gárgula a observar o mundo a seus pés), hoje apetece-me debruçar sobre este universo.O homem tem diferentes comportamentos também ao entrar numa casa-de-banho pública. Quando o meu propósito é unicamente o de “mudar a água às azeitonas”, dirijo-me para o urinol, mesmo que a sanita esteja disponível. Outros há (e isto fui eu que vi, ninguém mo contou) que, com o mesmo propósito, preferem esperar que a sanita vague, julgando, por ventura, que o uso do urinol exigirá anos e anos de aprendizagem e aperfeiçoamento técnico. São mas é gajos tímidos, quase a roçar o patológico. Ou, então, pretendem insultar todos os presentes que ocupam os urinóis como que acusando-os de que não conseguiriam resistir a deitar uma espreitadela caso escolhessem utilizar também o urinol. São os chamados “I´m-too-sexy-for-myself-que-nem-mijo-ao-pé-de-ti-se-não-viras-paneleiro”. Enfim, meninos...Tendo já definido a minha personalidade no que toca a comportamento no ambiente casa-de-banho pública, deixem agora que partilhe convosco episódios insólitos que vivi como frequentador destes espaços.Não sou daqueles gajos que se aproximam o mais possível do urinol até não sobrar uma nesga pela qual o vizinho do lado consiga espreitar, primeiro, porque não gosto de levar com salpicadelas, mesmo que sejam minhas, em segundo, porque também não faço questão de esconder nada. Acontece que ontem, estando eu sozinho, entrou um tipo. Eu estava num dos urinóis da ponta. Existiam 3 urinóis e, como manda a regra, o indivíduo que entra deve ocupar o urinol da ponta oposta. Assim foi. Nunca deve existir uma proximidade tal entre duas pilas que não se conhecem. A surpresa veio depois. Esse gajo, sem nunca ter olhado para mim desde o momento em que ficámos colocados, lado a lado, na fila de urinóis, desapertou a braguilha e, nesse preciso momento, olhou na direcção das minhas partes baixas. Só depois fez tenções de vislumbrar a minha cara. Será que não me reconheceu pela pila? Será que existe um site do estilo do hi5, mas onde as pessoas em vez de colocarem fotos do rosto ou de corpo inteiro colocam apenas fotos da sua pila? Se sim, será que me confundiu com um amigo e, para dissipar as dúvidas, decidiu confirmar olhando-me para o rosto? Não fosse o meu acto mictório estar já em curso, acho que teria perdido toda a vontade e o meu “mantorras” ter-se-ia recusado a satisfazer-me a necessidade fisiológica.Já agora, um repto aos arquitectos de casas-de-banho públicas: Por que é que quando constroem urinóis não deixam no mínimo 2 metros entre cada um, uma vez que os urinóis do meio tendem a não ser utilizados? São uma espécie de Farnerud. Estão lá, um gajo sabe que existem e até conta com eles, mas só os utiliza em caso de os das pontas estarem ocupados ou avariados.E porque isto do acto mictório até merece uma abordagem sociológica, não tendo eu engenho para a fazer, invoco aqui apenas uma situação da qual ainda hoje me recordo. Lembro-me de andar na escola primária, de ver o director da escola a entrar para a casa-de-banho e um colega fazer-me a pergunta mais ridícula de todos os tempos: “O director também mija?”. Se fosse hoje, acho que lhe teria respondido “Claro que não. E tu és uma espécie de Cristo e a tua mãe é virgem.”No entanto, e à posteriori, esta situação é bem ilustrativa de determinadas idiossincrassias e do não reconhecer abertamente o que é a essência humana. O acto de urinar é como que assumido com pudor. Há quem o veja como uma prática vergonhosa e não fisiológica. Acredito que muita gente, se fosse possível, preferiria pertencer a uma espécie que não urinasse e soltasse antes discretos cristais de ácido úrico, somente porque se sente embaraçada em algumas situações. Terão sido pessoas do género que acusaram Salvador Dali de cropófago quando pintou merda (literalmente) em alguns dos seus quadros, em vez de identificarem em tal acto marcas de surrealismo.Não digo que um gajo tenha que se comportar como se nada se passasse quando utiliza um urinol. Um urinol será sempre um corpo estranho. Tudo bem. Não o temos nas casas-de-banho lá em casa. Mas porra, um gajo pode fazer de conta que não se passa nada, ir lendo as mensagens que estão escritas nas paredes (porque há sempre paredes escritas nas casas-de-banho públicas e nos beliches do IPJ), ou ir assobiando para o ar.Acho que foi por causa do acto mictórico ser visto como vergonhoso que as casas de banho nas quais se colocava uma moedinha para entrar, e que floresceram como cogumelos na década de noventa, não vingaram. Costumavam colocá-las em sítios descampados, com uma placa que só lhe faltava ser fosforescente e dizia em letras garrafais “SANITÁRIO”. Obviamente, um gajo com problemas não as utilizava porque, mesmo que tentasse desculpar-se, ninguém ia acreditar que confundiu a casa-de-banho com uma máquina de refrigerantes.O reverso da medalha é composto por malta mais descomplexada em relação a estas questões. Tipo aquelas miúdas que na queima não têm qualquer tipo de pudor em pedir-nos a capa emprestada para urinarem com maior privacidade (isto, por acaso, raramente me acontece porque não costumo trajar-me).E será que existem os inveterados do urinol? Homens que num domingo qualquer se dirigiram ao AKI ou ao Mestre Maco e adquiriram toda a parafernália necessária para montarem um urinol nas suas casas-de-banho privativas?Para finalizar, como referiu o Sandro, há gajos estranhos. Alguns, naquela parte final em que se sacode a pinguita mais teimosa, entregam-se com tal afinco ao acto que chego a pensar se não estarão a masturbar-se. Se estão só mesmo a sacudir a pinguita, então, é mesmo aterrador. Eu não trato o meu “buddy” assim, como se fosse um tubo de pasta dos dentes só com um restito no fundo, mas que faz mesmo falta porque nos esquecemos de comprar outra bisnaga. O “little me” pode um dia querer vingar-se e deixar-me mal visto noutras ocasiões. Chego a ter pena e, não fosse por nada, até lhes exemplificava “oh artista, é assim que se sacode”, de tal forma tratam mal o parceiro. Há gajos que não deviam ter nascido com pila, ou, então, deviam já ter vindo algaliados.

O Estado contra Jim Morrison

Aqui fica parte do testemunho de Jim Morrison, em tribunal, aquando da sua detenção no famoso concerto de New Heaven. Sempre me fascinou.
Acusação: The time that you were in your knees in front of Mr. Krieger, is it your testimony that you were amazed at the intricate finger work and you had to study it?
Jim Morrison: Well, I said a lot of other things besides that. Mainly it is this. When I am singing, the spotlight is on me. All the attention is focused on me. Well, it came time for a solo and often I will move near him in order to direct the spotlight and the attention to him.
A.: Did you or did you not say you were amazed at is intricate finger work and got down on your knees and studied it?
J. M.: That was part of it, yes.
A.: That song was "Light my fire"?
J. M.: Yes.
A.: How many times prior to March 1st, 1969 had you and your group played "Light my fire"?
J. M.: I can only approximate but it must be, it could be over a thousand times.
A.: This wasn´t the first time you had seen the intricate finger work, is that a fact?
J. M.: The first time I have what?
A.: You have seen Robbie Krieger do that solo thousands of times, haven´t you?
J. M.: Could be.
A.: But you got down on your knees to study the intricate finger work.
J. M.: Well, he gets better all the time.

Eu sabia que a KT Tunstall e o Bob Dylan haviam de se cruzar... ;)

A Voz dos Deuses


Na ausência de CD's com sons de baleias, de golfinhos, de cataratas, de rios a correr, do vento assobiando nos salgueiros (lembram-se??), de rãs a coaxar, de pan-pipes a tocar ABBA, de canto gregoriano a cantar Phil Collins, de torneiras a pingar, das ondas a rebentar na areia e nas rochas e sei lá mais o quê que já inventaram, viro-me para esta menina.



Obrigado Joanna Newson

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Retrato de uma véspera de exame

QUERO QUE ESTA MERDA VÁ TODA PARA AS DISLIPIDÉMIAS QUE A PARIRAM!!!!!!!

Gripe das Aves

Se Bush invadiu o Iraque, mesmo sem provas em concreto, do que é que estamos à espera para forjarmos uma associação entre o vírus H5N1 e as pombas, passando a ter uma desculpa para as irradicarmos?

Tetra Pak: a escolha dos correio-de-droga

Um dos dois passageiros que transportavam cocaína no estômago e que aterraram de emergência nos Açores, acabou por falecer, vítima de overdose. Dizem que o invólucro que confinava a droga rebentou. Quer parecer-me que o erro do indivíduo falecido foi não ter optado por embalagens Tetra Pak.
E não me venham cá com histórias. Quando quero que a minha encomenda seja realmente entregue, parece-me que a alternativa mais fiável ainda é recorrer aos C. T. T.
Agora, ou a encomenda era paga à cobrança, ou o pobre do destinatário pagou adiantado e ardeu com o guito. É por estas e por outras que não me meto nessa merda da droga (não julguem que é por ter lido a Viagem ao mundo da droga e a Lua de Joana - até porque nem nunca li nada disso). É mais seguro comprar livros e cd´s através da Amazon. Vêem bem acomodados em envelopes reforçados com plásticos que têm aquelas bolinhas que podemos guardar para rebentar numa altura de maior stress.

Mais rodado do que um filme do Jackie Chan nas tardes de Domingo da TVI



Hoje, passei demasiado tempo em casa. Como tal, a certa altura perguntei a mim mesmo "qual terá sido o disco que mais vezes rodou na minha aparelhagem?" E quer parecer-me que foi o "Mellon Collie and the Infinite Sadness". Talvez há uns 4 anos que não o ouço, mas durante a adolescência acho que esteve largos períodos em rotação contínua. Hoje em dia, os Smashing Pumpkins já não me dizem tanto (e ainda dizem muito), mas, também, ouvi-os na devida altura. Quando o meu miúdo ou miúda chegar, um dia, triste a casa, falando-me das dores de crescimento, dou-lhe este álbum para as mãos. A menos que a hipotética mãe se lembre de um álbum mais adequado para o efeito :)

Segunda impressão

Afinal desilude um bocadinho. Mas só um bocadinho...

Primeira impressão

Ouvi há pouco pela primeira vez o novo álbum de The Arcade Fire, Neon Bible.
Posso-vos dizer que à primeira escutadela não desilude

Eu é mais boom...

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Brasil vs. Portugal

Um gajo apercebe-se que um comentador desportivo fez o trabalho de casa quando este se sai com uma tirada do género: "E agora Lino da Académica e Otacílio do Guimarães devem estar a rejubilar em suas casas com a entrada de Daniel Alves na selecção brasileira, uma vez que, os três, foram companheiros de equipa no Bahia".

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Como ser bem sucedido numa entrevista de emprego

A avaliação oral para tótós

Ao longo do meu perscurso escolar já fiz uma mão cheia de avaliações orais. Estou, portanto, em posição de poder dar umas dicas.
O nível de conhecimento dos alunos que se submetem a um exame oral pode comparar-se a um concurso de fãs do David Bowie. O aluno razoável saberá responder que o músico tem um olho verde e o outro azul. O aluno interessado responderá que o olho direito é azul e que o esquerdo é verde.
Se pensarem nisto segundos antes de começarem a ser avaliados, perceberão que o professor talvez nem conheça o David Bowie, que nem é assim tão inteligente e isto dar-vos-á mais segurança. Ou, então, poderão estar a ficar malucos e a deixarem-se levar por mim.

Hino à amizade

Assim também eu...

Ouvi há pouco aquela jeitosa da Sic Notícias (aquela com o lapsus linguae mais embaraçoso da TV) perguntar ao Carmona Rodrigues se este se achava capaz de cumprir as promessas eleitorais.
Quando ouvimos uma pergunta destas arrebitamos logo as orelhas

"Hum... gaja esperta... sim senhor... agora é que o entalou... eh eh.. vamos lá ver o que é que este bandido diz... ah pois, cambada de gatunos! só a meter ao bolso!..."

Mas o que é que será que ela está à espera que ele responda?

Que "ai e tal, sabe.. isto anda mal, ainda por cima agora com a judite em cima da malta, já viu que azar, pá... e isto agora da gripe das aves pá, que maçada!, e já viu o Porto?, perder daquela maneira no fim?, mas o futebol é isto mesmo... de maneiras que... hummm... Não!"???

Mas, não fosse isto ser uma pergunta difícil, de pronto, a bem apessoada jornalista, evita o que seria o ruir de todo o fundamento da politiquice e salva Carmona da quebra de conduta de qualquer político, que seria ser forçado a dizer a verdade, e lhe dá um exemplo de uma das promessas eleitorais: a requalificação dos bairros!

Ah bom! Assim, sim...! assim já não dá para entalar ninguém. Mas que grande promessa. Requalificação dos bairros...

Mas o que é isso de requalificação de bairros?

"Olhe... ainda bem que faz essa pergunta. O nosso executivo camarário, nos intervalos das rusgas, tem andado a trabalhar nisso. Estamos a trabalhar num decreto que requalifica o bairro de Marvila a Super-bairro de Marvila, já que se tem pautado, nos últimos anos, por muito boas prestações nas marchas populares, com uns padrinhos que são uma simpatia e sempre com uns guarda-roupas de muito bom gosto, muito coloridos e alegres. Achamos que já era tempo de prestar essa mercida homenagem com a requalificação do bairro.
Estamos também a trabalhar numa proposta de requalificação do Arco do Cego para Arco do Amblíope. Temos ainda em vista a requalificação do beco das putas no Intendente a praceta das meninas. E mais um sem número de requalificações!"

Alguém poderia dizer que não houve requalificação dos bairros?

Grandes portugueses

Não me parece que sejam assim tão grandes os grandes portugueses se, nos cerca de 30 minutos que vi do programa, os comentadores e apresentadora de serviço se sentiram no direito de a eles se dirigirem no coloquial tu cá, tu lá. Era vê-los inchados, seguros dos seus comentários, empertigaitados, falando de figuras ímpares como "o" Pessoa, "o" Camões, "o" Afonso Henriques, como se com eles tivessem privado, por exemplo, jogando às escondidas, gritando "arrebenta a bolha! Já é a segunda vez que descubro o Pessoa e ele diz que não, que era um dos heterónimos".
Neste país não se pode ser grande. Não há ninguém que não se julgue o maior. "...um bruto que, ao volante, se julga um deus de arrabalde, com sucesso garantido junto de três ou quatro putas de turno...", tal como escreveu Eugénio de Andrade.

domingo, fevereiro 04, 2007

Angústia para o jantar

Têm-me incomodado, com particular indignação, nesta campanha do referendo à despenalização do aborto, não só as declarações de João César das Neves, mas também a veleidade com que alguns partidários quer do "Sim", quer do "Não" (aqui não vou fazer qualquer tipo de distrinça), se comportam nos "jantares-comício", aquando de um qualquer directo para a televisão. É vê-los em segundo plano, de telemóvel em punho, nesse típico e prazenteiro costume português, a sorrirem e a acenarem para a câmara enquanto se percebe que, ao telemóvel, dirão algo do género "Mãe, estou na RTP1! Estou a acenar. Vês? Não? Deixa-me chegar mais para o lado. Esta cabra que está a ser entrevistada, acho que se chama Ferreira Leite está a tapar-me. E agora? Já me vês? Põe a gravar. Se soubesse tinha trazido a camisola nova".
Não digo que se tenha que assumir uma fisionomia de enterro nestas situações, mas acho o assunto demasiado sério para que se compadeça com tamanha leviandade. Temo que o voto do dia 11, para certas pessoas, não seja mais do que um simples preencher do totoloto, um "derby" de futebol ou, pior ainda, imposto por doutrinas seguidistas (partidárias ou outras). Ganhe o "Sim" ou o "Não", nada estará resolvido em definitivo. O trabalho árduo virá de seguida. A tentativa de educação de um povo do qual já os romanos diziam que não se governava, nem tão pouco se deixava governar. Claro que será sempre mais triste se uma certa votação vencer... Em todo o caso, nunca ninguém poderá festejar, embora talvez muitos venham a cantar vitória, fazendo soar as buzinas dos automóveis, telefonando e gesticulando caso se cruzem com alguma câmara de tv. E, muito sinceramente, estas pessoas deviam ser impedidas de votar já que não percebem o que é o respeito pela pessoa humana e pelos seus dramas, uma vez que para elas tudo deve ser vivido em clima de festa. Talvez tivesse sido melhor se um governo corajoso não recorresse ao referendo e decidisse, como lhe compete e está legitimado. Pelo menos, poderíamos ter sido poupados a este espectáculo deprimente à hora do jantar, logo hoje que fiz um fusili de atum com tão bom aspecto.

Chinesices

Dizia-me há pouco um amigo, a propósito das recentes declarações de Manuel Pinho, que era a primeira vez que via um político ser criticado por dizer a verdade.
Realmente parece-me algo inaudito.
Dizem os críticos que as declarações passam uma má imagem do país.
Depreendo que prefeririam que que fossemos conhecidos por um país de mentirosos!

MUITO BOM!

Bueno, Bueno, Bueno, Bueno, Bueno!!!!!

Aproveita este momento de glória, meu caro Bueno. Cheira-me que não voltará a repetir-se!

sábado, fevereiro 03, 2007

Bola, pois então

Quer-me parecer que o Duarte Gomes é sportinguista.

Também não podiam ser todos benfiquistas, né?

GOOOOLOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2 a 1!!!!

VIVA O BUENO!!!!


Fiz bem em largar o estudo. Nunca os linfomas me darão alegrias como o Sporting!

You know what they say about romance...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Gasolineiras podem vender medicamentos

Segundo o site Médicos na Internet, as gasolineiras poderão passar a vender medicamentos. Agora é que os tipos sinistros de bigode, fato de treino, "wife-beater", unha do dedo mindinho comprida, pente no bolso, jornal "A Bola" debaixo do braço, transístor na mão, cachucho no dedo e fio ao pescoço não vão abandonar, tão cedo, as lojas de conveniência aos fins-de-semana, como que de um centro comercial se tratassem.

EUREKA!

Quando era miúdo tinha a mania de inventar invenções. Exercícios incipientes que acabavam invariavelmente poucos minutos depois por descobrir que afinal a recém-inventada invenção já tinha sido inventada. Assim como o Homer Simpson num episódio em que decide bater aos pontos o Thomas Eddison. Enfim... muita infância e pouca PlaySation!
Acontece que ainda hoje me perseguem duas invenções que ainda não foram reclamadas por ninguém. Ora vamos lá ver uma coisa... toda a gente sabe que uma torrada quando cai cai sempre de manteiga para baixo, certo? E toda a gente sabe que os gatos caem sempre de pé, certo?
Agora, a menos que seja um segredo bem guardado desde o tempo da URSS para o treino dos seus cosmonautas, porque raio nunca ninguém se lembrou de fazer um cinto anti-gravidade de torradas barradas dos dois lados ou de gatos unidos pelo lombo?


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